Rhopalessa Bates, 1873

Clarke, Robin O. S., Martins, Ubirajara R. & Santos-Silva, Antonio, 2011, Contribuição Para O Estudo Dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). Iv. Rhopalessa Bates, 1873, Papéis Avulsos de Zoologia 51 (21), pp. 325-339 : 325-339

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/s0031-10492011002100001

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03AA87E8-EA27-282F-FF2E-DEF6FB74FE9F

treatment provided by

Carolina

scientific name

Rhopalessa Bates, 1873
status

 

Rhopalessa Bates, 1873 View in CoL

Ommata (Rhopalessa) Bates, 1873:28 ; Peñaherrera- -Leiva & Tavakilian, 2004:145 (espécie-tipo); Monné, 2005:494 (cat.); 2006:177 (cat.).

Rhopalessa View in CoL ; Martins & Santos-Silva, 2010:393.

Espécie-tipo: Ommata clavicornis Bates, 1873 [designação de Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004)].

Diagnose: Difere de Pyrpotyra Santos-Silva et al., 2010 pela ausência de antenômeros inteiramente branco- -amarelados e pelo metatarsômero I mais longo e proporcionalmente mais estreito. Em Pyrpotyra há antenômeros inteiramente branco-amarelados e o metatarsômero I é mais curto e proporcionalmente mais grosso.

As espécies do grupo clavicornis diferem ainda pelo terço apical dos élitros mais plano e mais largo (um pouco mais convexos e mais estreitos em Pyrpotyra ); as espécies do grupo rubroscutellaris diferem pela presença de carena elitral muito nítida (indicada em Pyrpotyra ).

Comprimento de 5,9 a 11.9 mm. Corpo estreito (maior largura ca. 0,2 vezes o comprimento), não deprimido. Tegumento não metálico, exceto em R. durantoni (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004) [élitros com reflexos metálicos em R. pilosicollis ( Zajciw, 1966) e R. hirticollis ( Zajciw, 1958) ].

Macho: Cabeça não prolongada atrás dos olhos (margem posterior dos olhos, na área de junção dos lobos oculares, muito próxima da borda anterior do protórax); rostro (entre o ápice dos lobos oculares inferiores e o ápice genal) curto (comprimento de 0,25 a 0.3 vezes a altura dos lobos oculares inferiores em vista frontal). Olhos grandes, fortemente emarginados. Distância entre os lobos oculares inferiores menor que 0,3 vezes a largura de um lobo. Lobos oculares superiores muito mais estreitos do que os inferiores; borda interna atinge o nível do ápice dos tubérculos anteníferos; distância entre os lobos de 2,0 a 4,0 vezes da largura de um lobo. Labro transversal, mais curto do que a metade da largura. Comprimento das antenas de 1,3 a 1,6 vezes o comprimento elitral; face ventral do escapo, pedicelo e antenômeros III-V com cerdas longas e moderadamente abundantes; antenômero III de 1,2 a 1,5 vezes mais longo que o escapo; III-V finos, fracamente alargados para o ápice; VI-VII ou VI-VIII nitidamente alargados para o ápice; VIII-XI ou IX-XI distintamente mais grossos do que os demais.

Protórax subcilíndrico, fracamente alongado e pouco mais largo na base do que no ápice, exceto em R. rubroscutellaris ( Tippmann, 1960) , na qual o protórax é distintamente mais largo na base; alargado lateralmente na região mediana, sem tubérculos laterais; margens laterais com faixa de pubescência distinta. Disco do pronoto com pontuação abundante e faixa não pontuada, variável no comprimento e largura, que se inicia próximo da base; pubescência variável na forma, na concentração e disposição, mas com pelos longos e dispersos. Prosterno pubescente na região próxima das procoxas e glabro ou subglabro na região mais próxima da cabeça. Cavidades procoxais fechadas (às vezes, o ápice do proepimero não atinge o ápice do processo prosternal, conferindo aspecto de aberto ou semi-aberto às cavidades). Processo prosternal fortemente estreitado na região mediana e truncado (às vezes, emarginado) e alargado no ápice, que é inclinado em direção ao interior do corpo. Processo mesosternal não notavelmente elevado na base; largura igual a aproximadamente 0,7 vezes a largura da cavidade mesocoxal; metade apical cordiforme. Mesepisterno fracamente intumescido ou plano, não parcialmente visível dorsalmente acima dos úmeros. Metasterno um pouco elevado próximo das metacoxas. Metepisternos estreitos e sub-retangulares, base não alargada, ápice fracamente acuminado.

Escutelo pubescente, moderadamente alongado. Élitros, em geral, não cobrem totalmente o abdome e frequentemente atingem a base do urosternito V; fracamente estreitados para o ápice, frequentemente, com suave estreitamento no meio; disco subplano, exceto no terço anterior, onde é elevado em direção à sutura, sem área vítrea ou subvítrea; superfície com pontuação grossa, abundante ou muito abundante, confluente ou não; pilosidade curta ao longo de toda a superfície (frequentemente um pouco mais densa junto à sutura, mas variável intraespecificamente), mais longa ou entremeada por pelos mais longos no terço basal.

Pro- e mesocoxas sem espículo. Fêmures clavados; pedúnculo dos pro- e mesofêmures longo; ápice dos metafêmures ultrapassa o ápice elitral. Metatíbias sem tufo de pelos, aproximadamente tão longa quanto os metafêmures e fracamente alargadas para o ápice. Metatarsômero I fino, mais longo do que II-III reunidos.

Abdome estreito, cilíndrico e alongado, não curvado para baixo (às vezes, fracamente curvado em função de contração do abdome); margens laterais subparalelas entre os urosternitos I-IV. Processo abdominal inclinado em relação à superfície do urosternito I (de ca. 20º até ca. 45º). Urosternitos em nível nitidamente mais baixo do que o da superfície do metasterno; urosternito V aplanado na região central, sem elevação nas laterais; urosternitos pubescentes. Lobos laterais do tégmen grandes, largos e com pelos longos e abundantes nas margens.

Fêmea: As principais diferenças em relação aos machos são: distância entre os lobos oculares inferiores de apenas menor até um pouco maior do que a largura de um lobo; distância entre os lobos oculares superiores de apenas menor até maior do que o triplo da largura de um lobo; antenas pouco mais curtas do que no macho; élitros menos estreitados na metade apical; abdome proporcionalmente mais largo; urosternitos não fortemente rebaixados em relação ao nível do metasterno; margens laterais do abdome subparalelas entre os urosternitos I-III; processo abdominal quase coplanar com a superfície do urosternito I (às vezes, um pouco inclinado).

Grupos: As espécies de Rhopalessa podem ser alocadas em dois grupos, caracterizados pela forma das carenas elitrais e do quarto apical dos élitros.

— Grupo rubroscutellaris : carenas elitrais muito nítidas do úmero até proximidades do ápice; quarto apical dos élitros distintamente inclinado nas laterais; ápice elitral estreito e inclinado para baixo.

— Grupo clavicornis : carenas elitrais inconspícuas; quarto apical dos élitros quase plano; ápice elitral largo e fracamente inclinado para baixo.

Espécies incluídas: Grupo clavicornis : Rhopalessa clavicornis ( Bates, 1873) ; R. demissa ( Melzer, 1934) ; R. hirticollis ( Zajciw, 1958) ; R. moraguesi (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003) ; R. pilosicollis ( Zajciw, 1966) ; R. subandina sp. nov. Grupo rubroscutellaris : R. durantoni (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004) ; R. rubroscutellaris ( Tippmann, 1960) .

Distribuição geográfica: Todas as espécies de Rhopalessa só ocorrem na América do Sul ( Bolívia, Guiana Francesa, Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai).

Biologia: As espécies de Rhopalessa são de hábitos diurnos, embora algumas espécies tenham sido capturadas em armadilhas luminosas na Guiana Francesa (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003). O primeiro autor coletou muitos espécimes “visitando” flores no período da manhã na Bolívia: R. pilosicollis em flores de Croton sp. (Euphorbiacaea) e Trichilia sp. (Meliaceae) ; R. subandina em flores de Acaicia sp. (Mimosoideae). Di Iorio (2003) registrou R. clavicornis em flores de Eryngium sp. (Apiaceae) na Argentina.

Comentários: Os dois grupos de Rhopalessa , aparentemente, constituem gêneros distintos. No entanto, como não examinamos pessoalmente nenhum espécime de R. durantoni e é impossível ter certeza de que a espécie aqui considerada como R. rubroscutellaris realmente é aquela descrita por Tippmann (1960), optamos por apenas formar grupos de espécies.

Assim como em outros gêneros de Ommata sensu lato (Monné, 2005), as espécies de Rhopalessa apresentam variação considerável em caracteres como cor do pronoto, espessura dos antenômeros apicais, forma do protórax, cor de tarsômeros, etc. Essas variações, não estão relacionadas com a distribuição geográfica.

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

Loc

Rhopalessa Bates, 1873

Clarke, Robin O. S., Martins, Ubirajara R. & Santos-Silva, Antonio 2011
2011
Loc

Ommata (Rhopalessa)

TAVAKILIAN & Nouvelles 2004: 145
BATES 1873: 28
1873
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