Ecliptoides pusillus ( Gounelle, 1911 ) Martins & Santos-Silva & Clarke, 2012

Martins, Ubirajara R., Santos-Silva, Antonio & Clarke, Robin O. S., 2012, Contribuição Para O Estudo Dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). Vi. Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, Papéis Avulsos de Zoologia 52 (38), pp. 477-506 : 477-506

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492012021800001

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.13261262

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03BD0B61-6D4E-3E57-E1A6-FA25FDA8FD95

treatment provided by

Felipe

scientific name

Ecliptoides pusillus ( Gounelle, 1911 )
status

comb. nov.

Ecliptoides pusillus ( Gounelle, 1911) View in CoL , comb. nov.

( Figs. 23, 24 View FIGURAS 19‑24 )

Odontocera pusilla Gounelle, 1911: 38 View in CoL ; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 37 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 94 (checklist); Monné, 2005: 477 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 119 (checklist); 2006: 119 (checklist).

Ommata (Eclipta) collarti Fuchs, 1959: 1 View in CoL ; Damoiseau & Cools, 1987: 8 (type); Monné, 1993: 22 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 96

(checklist); Monné, 2005: 486 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 121 (checklist); 2006: 121 (checklist). syn. nov.

Gounelle (1911: 38): “ ♂ … caput in modum rostra subbreviter productum, clypeo subtilissime punctulato, oculorum lobis inferioribus fere contiguis, sulco frontali tantummodo separatis, vertice grosse punctate-scabroso… prosterno leviter ruguloso, argênteo-villoso… elytra abdominis segmentum secundum haud superantia… metasternum subtilissime punctulatum, argenteo-sericeum; abdomen angustum, cylindricum, sparsim punctatum et hirsutum, nitidum, segmento ultimo transverso, in medio depresso, apice emearginato”; “ ♀ … thoracis latera punctato-reticulata, subglabra; addomen amplius, oblongo-obconicum, rufum, segmento ultimo triangulari, apice rotundato”.

Fuchs (1959: 1): “ ♂ … Stirn zwischen den Augen äusserst schmal… Sterna und Abdomen grau anliegend behaart und ausserdem mit abstechendem Haaren besetzt”; “ ♀. Unterscheidt sich vom male durch den rotbraunem Hinterleib; die Stirn zwischen den Augen ist doppelt so breit wie die Basis des Scapus und grob punktiert; nur einige der fühlerglieder vier bis acht sind gelb geringelt”.

Dimensões nas descrições originais: Gounelle (1911) – ♂, “Long.: 5-7 mill.”, ♀, “Long.: 6,5-8 mill.”; Fuchs (1959): “Länge: 6-8 mm ”.

Tipos, localidades-tipo: Odontocera pusilla – Descrita através de machos (seis exemplares) e fêmeas (cinco exemplares) procedentes do Brasil (Goiás, Jataí; Bahia, Candeúba). Os síntipos estão depositados no MNHN. Ommata (Eclipta) collarti – Descrita com base em quatro machos e oito fêmeas, provenientes do Brasil (Goiás, Rio Verde). Fuchs (1959) não afirmou se todos os tipos encontram-se depositados no IRSN e não estabeleceu holótipo. Alain Drumont ( IRSN) informou que há três espécimes depositados no IRSN: holótipo, alótipo e parátipo. No entanto, conforme visto acima, Fuchs (1959) não estabeleceu holótipo para a espécie. Herbert Schmid (com. pes.) afirmou que há três parátipos na ex-coleção Fuchs.

Designamos como lectótipo o espécime macho ( Fig. 23 View FIGURAS 19‑24 ) pertencente à Coleção do IRSN, que possui as seguintes etiquetas ( Fig. 24 View FIGURAS 19‑24 ) :

1. Branca (manuscrita / impressa): Ommata (Eclipta) collarti / ♂ / mihi / typus / E. Fuchs det., 1958;

2. Vermelha (manuscrita / impressa): Typus / ♂;

3. Branca (manuscrita): Y. Bull. I. R. Sc. Nat. Belg. T. 35, Nº 35 / 1959. p 1 et 2;

4. Roxa (manuscrita / impressa): Coll. R. I. Sc. N. B. / Bresil / Goyaz / Rio Verde / Don Br. A. Lheureux Distribuição geográfica: Panamá ( Monné & Giesbert, 1994), Brasil [Goiás ( Gounelle, 1911), Bahia ( Gounelle, 1911), Rio de Janeiro ( Zajciw, 1972). Observações: Monné (1993) registrou da Bahia ao Rio de Janeiro, além de Goiás; desconhecemos a fonte utilizada por Monné & Giesbert (1994), para registrar a espécie para o Panamá.

Discussão: Embora não tenhamos examinado espécimes dessa espécie, o exame das descrições originais de Odontocera pusilla e Ommata (Eclipta) collarti , ambas descritas do Brasil (Goiás), associadas às fotografias dos tipos, permitiu concluir que as duas espécies são sinônimas.

Gounelle (1911), ao descrever Odontocera pusilla , registrou sobre a área clara dos élitros: “vittaque cuneata, flavo-vitrea, nitida, disperse punctulata, a basi ad tertiam partem posteriorem decurrente singulatim decorata”. Essa descrição sugere que a espécie pertence ao gênero Odontocera Audinet-Serville, 1833 , caracterizado, principalmente, pela presença de área vítrea nos élitros. No entanto, o estudo de fotografia de um dos sintipos indica que a espécie não pertence a Odontocera , porque a faixa clara dos élitros não é verdadeiramente vítrea, mas sim, apenas translúcida. Varias espécies de Rhinotragini apresentam esse tipo de mancha elitral que, inclusive, pode variar dentro da espécie desde ligeiramente translúcida até total ou parcialmente opaca. Essa diferença do tipo de mancha elitral pode ser mais bem compreendida examinando-se a espécie-tipo de Odontocera , O. vitrea Audinet-Serville, 1833 (= O. fasciata Olivier, 1795 ), na qual os élitros apresentam verdadeira área vítrea, isto é, área que permite a visualização clara das estruturas que ficam sob ela.

Por sua vez, Fuchs (1959), na descrição de Ommata (Eclipta) collarti , escreveu sobre a macha elitral: “auf jeder Flügeldecke ein von der Basis bis zum letzten Drittel der Länge reichender, hinten zugespitzter, neben der Naht liegender, gelbbrauner Fleck”. Assim, Fuchs (1959) não comentou nada sobre a transparência dessa área, o que claramente indica que ela não é vítrea.

Dessa forma, a alocação da espécie feita por Fuchs (1959) em Ommata sensu auctorum , foi mais coerente do que aquela de Gounelle (1911).

No aspecto geral, E. pusillus é muito semelhante a E. schmidi sp. nov., mas um caráter permite a separação fácil entre elas: a forma dos últimos segmentos das antenas. Gounelle (1911) registrou: “antennae apicem elytrorum paulo superantes, basi subtus longe, laxissime autem ciliatae, scapo supra punctato, art. 3-6 linearibus, 7-11 sensim incrassatis, plus minus obconicis, haud serratis”. Por sua vez, Fuchs (1959) indicou: “… das erste Fühlerglied gegen das Ende zur verdickt, punktiert, das zweite Glied kurz, das vierte kürzer als das dritte oder fünfte, Glied drei bis sechs zylindrisch, Glied sieben bis elf nach und nach dicker werdend, das elfte sugespitzt”. Essas descrições, novamente associadas com as fotos dos tipos, permitem verificar que os segmentos antenais são pouco e gradualmente alargados e obcônicos, o que não ocorre em E. schmidi sp. nov., na qual esses antenômeros são notavelmente alargados e muito sutilmente obcônicos.

MNHN

Museum National d'Histoire Naturelle

IRSN

Institut Royal des Sciences Naturelles de Belgique

R

Departamento de Geologia, Universidad de Chile

T

Tavera, Department of Geology and Geophysics

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

Genus

Ecliptoides

Loc

Ecliptoides pusillus ( Gounelle, 1911 )

Martins, Ubirajara R., Santos-Silva, Antonio & Clarke, Robin O. S. 2012
2012
Loc

Ommata (Eclipta) collarti

MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 96
MONNE, M. A. 1993: 22
DAMOISEAU, R. & COOLS, J. 1987: 8
FUCHS, E. 1959: 1
1959
Loc

Odontocera pusilla

MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 119
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 94
MONNE, M. A. 1993: 37
GOUNELLE, E. 1911: 38
1911
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