Polyrhaphis confusa Lane, 1978

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L., 2010, Revisão Do Gênero Polyrhaphis Audinet-Serville (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae), Papéis Avulsos de Zoologia 50 (30), pp. 451-509 : 451-509

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010003000001

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03F1B867-FFE2-FFB5-3600-FDC56551FD33

treatment provided by

Felipe

scientific name

Polyrhaphis confusa Lane, 1978
status

 

Polyrhaphis confusa Lane, 1978 View in CoL

( Figs. 56-58 View FIGURAS 51‑60 , 70 View FIGURAS 61‑71 , 77 View FIGURAS 72‑77 )

Polyrhaphis confusa Lane, 1978: 63 View in CoL ; Monné & Giesbert, 1994: 228 (checklist); Monné, 1994: 17 (cat.); 2005: 628 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 292 (checklist); 2006: 293 (checklist).

Redescrição: Macho ( Fig. 56 View FIGURAS 51‑60 ): Corpo não deprimido ( Fig. 57 View FIGURAS 51‑60 ). Cabeça, em vista dorsal, quase tão longa quanto o protórax; alongada atrás dos olhos. Fronte fracamente convexa; pontuação grossa, rasa e dispersa (às vezes, profunda); pubescência castanho-avermelhada presente em toda extensão, não raro, com áreas glabras, grandes ou pequenas. Vértice com pubescência castanho-avermelhada ou amarelada na área central (às vezes, com área glabra, alongada, junto da margem anterior do pronoto), castanha nas laterais, exceto na área próxima ao occipício; pontuação grossa, muito rasa, pouco perceptível e dispersa. Clípeo largamente côncavo na margem anterior. Anteclípeo moderadamente curto. Labro convexo nos dois terços basais; terço apical nitidamente inclinado; pilosida- de dos dois terços basais abundante; parte inclinada subglabra na região central. Distância entre os lobos oculares superiores igual ao dobro da largura do antenômero III; distância entre os lobos oculares inferiores igual a 1,3 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas apenas mais longas do que a distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Comprimento da parte frontal das genas com 0,6 vezes a largura do lobo ocular inferior. Segmento II dos palpos maxilares mais curto do que o IV e mais longo do que o III. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos apenas menor do que a largura do escapo na base. Antenas de 2,1 a 2,4 vezes o comprimento elitral.

Saliências cônicas do pronoto não notavelmente elevadas (às vezes, moderadamente baixas); calosidades da metade apical do disco pouco marcadas, das quais, em geral, a central é mais nítida; espinhos laterais grandes, tão longos quanto à metade do comprimento do protórax; pontuação do disco grossa e abundante, restrita quase exclusivamente às bordas anterior e posterior; pubescência castanho-avermelhada ou amarelada recobre toda a superfície, exceto o ápice das protuberâncias dorsais, dos espinhos laterais que são glabros e, em geral, há também uma área glabra, alongada, na área centro-anterior e na centroposterior (às vezes, há também uma área glabra que inicia na base e segue em direção às protuberâncias); presença de alguns pelos longos e escuros, no disco e base dos tubérculos laterais. Escutelo com pubescência amarelada.

Élitros subparalelos nos dois terços basais; carena longitudinal dos élitros, sobre a giba, baixa ou moderadamente elevada, notavelmente larga e com série variável de tubérculos alongados, brilhantes, não ordenados em fileira; área que margeia a metade basal da sutura, com tubérculos brilhantes, variáveis na forma (rombos ou aguçados; pequenos ou grandes), concentração (próximos ou mais ou menos afastados entre si) e extensão ao longo da sutura (de presentes apenas na metade basal até quase o quarto apical); área sobre a giba e entre as carenas elitrais laterais, com pontos muito grossos e profundos, em geral, mais abundantes na área contígua ao ápice da giba e ausentes em direção ao ápice elitral, e tubérculos pequenos, brilhantes e dispersos (não raro, ausentes); carena lateral sinuosa, baixa, da base até o terço apical, munida de tubérculos pequenos e brilhantes na área ao lado das gibas, nitidamente maiores e mais aguçados na área central e, quando presentes, menores próximo ao quarto apical; terço apical com duas calosidades grandes, subfundidas; úmeros apenas salientes; ângulo apical externo com espinho moderadamente longo e ângulo sutural com espinho curto (às vezes, longo como o externo). Pubescência elitral castanho-avermelhada, com pequenas áreas amarelo-acinzentadas no terço basal, larga faixa transversal dessa última cor logo após o meio e no quarto apical, faixa transversal sinuosa, castanho-escura, que atinge ou não a sutura e a epipleura; extremo apical com área subglabra; às vezes, a área junto às gibas é glabra ou subglabra. Fêmures com pubescência amarelada ou castanho-avermelhada e com faixa de pubescência esbranquiçada no terço apical. Tíbias com pubescência da mesma cor daquela dos fêmures e com a faixa de pubescência esbranquiçada localizada próximo ao meio.

Fêmea ( Fig. 58 View FIGURAS 51‑60 ): Clípeo suavemente côncavo na borda anterior. Distância entre os lobos oculares superiores igual ao dobro da largura do antenômero III na base ou apenas maior; distância entre os lobos oculares inferiores de 1,2 a 1,8 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas aproximadamente tão longas quanto à distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos maior do que a largura do escapo na base. Antenas de 1,6 a 1,7 vezes mais longas que os élitros.

Dimensões em mm (♂ / ♀): Comprimento total, 18,8-28,8/19,2-27,5; comprimento do protórax, 3,0-4,5/3,0-4,2; largura do protórax, entre os ápices dos espinhos, 7,4-10,2/6,6-9,6; largura umeral, 6,8-11,0/6,7-10,5; comprimento elitral, 12,9-21,4/14,4-20,5.

Tipos, localidade-tipo: Holótipo ♂, coletado no Brasil (São Paulo, São Paulo), depositado no MZUSP . Parátipos (de acordo com Lane 1978) – MZUSP (incluindo ex-Coleção Ricardo von Diringshofen): 3 ♂♂ e 5 ♀♀ (São Paulo) ; ♂ e ♀ (Paraná) ; 8 ♂♂ e 5 ♀♀ (Santa Catarina) . MNRJ (ex-Coleção C.A. Campos Seabra e ex-Coleção Sérgio Fragoso): 7 ♂♂ e 4 ♀♀ (Rio de Janeiro) ; ♂ e ♀ (São Paulo) ; 5 ♂♂ (Paraná) ; 13 ♂♂ e 5 ♀♀ (Santa Catarina) . USNM: 8 ♂♂ e 4 ♀♀ (Santa Catarina; material duplicado na lista original de parátipos) . CMNH: ♂ e ♀ (Rio de Janeiro) . BMNH: ♂ (Rio de Janeiro) ; ♀ ( Rio Grande do Sul) . Ex-Coleção Alberto F. Prosen: ♂ (São Paulo) . O Dr. Miguel A. Monné ( MNRJ) (comunicação pessoal), disse que, alguns anos atrás, consultou pesquisadores do Museu de La Plata sobre o destino da coleção Prosen. Informalmente, soube que essa coleção havia ficado em Resistencia ( Argentina, Chaco) e que foi utilizada para aulas. No entanto, essa informação nunca foi confirmada.

Não encontramos os dois parátipos machos, provenientes de Santa Catarina, Corupá, relacionados por Lane (op. cit.) como depositados no MZUSP. Lane (op. cit.) registrou sobre os tipos depositados na ex-Coleção Ricardo von Diringshofen: “ 3 ♂♂ e 2 ♀♀, de Santa Catarina, Joinville, Rio Bracinho, III.1954, I-IV.1956”. Na verdade, são: ♂, I.1956; 2 ♂♂, III.1956; ♂, IV.1956; ♀, III.1954 (sem indicação de “Rio Bracinho”).

Lane (op. cit.) não registrou nenhum parátipo proveniente do Rio de Janeiro, depositado no MZUSP. No entanto, encontramos um parátipo ♂ e um ♀, coletados no Corcovado .

É provável que ♂ da ex-Coleção Sérgio Fragoso , registrado como procedente do Rio de Janeiro, seja na verdade, proveniente de São Paulo. O registro original é confuso e não aponta a quantidade e o sexo do(s) espécime(s) procedente(s) de São Paulo, originalmente depositados na “Coleção Sérgio Fragoso, ♂, Rio de Janeiro – São Paulo, Salesópolis, Boracéia, II.1959, Travassos, Kloss & Pearson col.” .

Distribuição ( Fig. 77 View FIGURAS 72‑77 ): Brasil [Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro ( Monné & Giesbert, 1994), São Paulo ( Lane, 1978), Paraná (Lane, op. cit.), Santa Catarina (Lane, op. cit.), Rio Grande do Sul (Lane, op. cit.)]. Embora tenha designado parátipos procedentes do Rio de Janeiro, Lane (1978) não registrou esse estado na “Distribuição Geográfica”.

Discussão: Lane (1978) comparou P. confusa com P. grandini : “… da qual diverge principalmente pela ausência ou escassez de revestimento cretáceo no vértice da cabeça, protórax, escutelo, faixa pós-mediana e apical dos élitros, substituída por pilosidade amarelada. O revestimento dos tarsos é também amarelado e não cinza como em grandini . A região basal dos élitros apresenta pontuação e tubérculos também mais escassos”. Embora essas diferenças realmente existam, a principal diferença entre P. confusa e P. grandini está nas gibas. Na primeira, as gibas são relativamente baixas ( Fig. 70 View FIGURAS 61‑71 ) e a depressão formada entre as duas é larga e rasa. Ao contrário, em P. grandini , as gibas ( Fig. 71 View FIGURAS 61‑71 ) são notavelmente elevadas e a depressão formada por elas é estreita e profunda.

Material examinado (todos exemplares do MZUSP): BRASIL, Distrito Federal: Brasília , ♂, X.1961, R.L. Araújo col. Minas Gerais: Lavras , ♂, II.1937, R.J. Ribeiro col. Rio de Janeiro: Angra dos Reis ( Estação Ferroviária do Jussaral ), ♀, [sem data de coleta], Travassos col. ; Deodoro , ♀, 10.XII.1939, W. Zikán col. ; Rio de Janeiro ( Corcovado ), parátipo ♀, XII.1961, Alvarenga e Seabra col. ; parátipo ♂, 10.XII.1971, Alvarenga & Seabra col. São Paulo: Amparo , parátipo ♀, [sem data de coleta e nome do coletor] ; Barueri , ♂, 04.II.1961, K. Lenko col. ; Botucatu , ♀, 10.I.1972, O. Chamma col. ; Campinas , ♂, I.1947, [sem nome do coletor] ; Itu ( Fazenda Pau d’Alho ), parátipo ♂, XII.1960, U.R. Martins col. ; Paranapiacaba , parátipo ♂, I.1907, E. Garbe col. ; Salesópolis ( Estação Biológica de Boracéia , 850 m), ♂, 2 ♀♀, 25.II.1963, F. Werner & H. Reichardt col. ; parátipo ♀, 10.III.1968, J. Oliveira Santos col.; São Bernardo do Campo , parátipo ♀, 03.I.1926, R. Spitz col. ; São Paulo, holótipo ♂, [sem data de coleta e nome do coletor]; (Ipiranga) , parátipo ♀, 09.I.1939, F. Lane col.; (Santo Amaro), parátipo ♀, [sem data de coleta], J. Lane col.; São Roque , parátipo ♀, 07.XII.1975, F. Lane col. Paraná: Cachoeira , parátipo ♀, XII.1934, Morretes col. ; Cachoeirinha , ♂, [sem data de coleta], ex-Coleção Tippmann ; Curitiba , parátipo ♂, II.1938, C. Westerman col. Santa Catarina: Blumenau , parátipo ♀, III.1956, Dirings ; parátipo ♂, XII.1956, Dirings; Corupá (antiga Hansa Humboldt ), ♂, XII.1931, Tippmann col. : 2 ♂♂, II.1935, Tippmann col. ; ♂, III.1935, Tippmann col.; ♂, IV.1935, Tippmann col.; parátipo ♂, III.1941, [sem nome do coletor]; parátipo ♂, XI.1942, [sem nome do coletor]; Joinville , ♂, 1919, Schmith col. ; parátipo ♀, III.1954, Dirings; parátipo ♂, III.1954, [sem nome do coletor]; ( Rio Bracinho ) , parátipo ♂, I.1956, Dirings; 2 parátipos ♂, III.1956, Dirings; parátipo ♂, IV.1956, Dirings; Rio Vermelho , parátipo ♂, III.1962, Dirings ; Timbó , parátipo ♂, I.1950, Dirings ; ♂, XII.1951, Dirings; parátipo ♀, III.1953, Dirings. Rio Grande do Sul: São Francisco de Paula , ♂, 19.XII.1959, Olga Pereira col.

MNRJ

Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro

MZUSP

Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

Genus

Polyrhaphis

Loc

Polyrhaphis confusa Lane, 1978

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L. 2010
2010
Loc

Polyrhaphis confusa

MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 292
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 228
LANE, F. 1978: 63
1978
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