Serdia calligera Stål, 1860
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/s0085-56262005000300002 |
publication LSID |
lsid:zoobank.org:pub:8C5329B1-0191-48E9-A298-1622F95087EB |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/060F8787-780B-156E-28D6-FD9582C59C64 |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Serdia calligera Stål, 1860 |
status |
|
( Figs. 17 View Figs , 34 View Figs , 49 View Figs , 64 View Figs , 81 View Figs , 95 View Figs , 109 View Figs , 115 View Figs )
Serdia calligera Stål, 1860: 26 (descrição); Stål, 1872: 46 (redescrição e catálogo); Lethierry & Severin, 1893: 179 (catálogo).
Serdia (Brasiliicola) calligera ; Kirkaldy, 1909: 141 (catálogo); Ruckes, 1958 b: 15 (diagnose); Buckup, 1961: 12 (registro de ocorrência); Becker, 1967: 85 (redescrição, chave); Link & Grazia, 1983: 124; Link & Grazia, 1987: 121; Thomas & Rolston, 1985: 1166 (chave).
Macho. Medidas (n=24). Comprimentototal 13,2 (13,8-12,3) 0,2; larguraabdominal 7,7 (8,4-7,2) 0,2; comprimentodacabeça 1,9 (2,2-1,7) 0,1; larguradacabeça 2,8 (3,0-2,5) 0,1; comprimento dosarticulos antenais I 0,6 (0,7-0,4) 0,1; II 0,3 (0,4-0,2) 0,1; III 1,8 (2,0-1,6) 0,1; IV 1,5 (1,6-1,4) 0,1; V 1,7 (1,8-1,6) 0,1; comprimentodopronoto 3,4 (3,5-3,2) 0,1; largura anteriordo pronoto 3,1 (3,4-2,9) 0,1; largura posterior do pronoto 7,5 (7,9- 7,1) 0,1; comprimento doescutelo 5,7 (6,0-5,4) 0,1; largura do escutelo 4,5 (4,7-4,2) 0,1.
Descrição. Formaarredondada de coloração castanho-clara a castanho-escura com banda submarginal no pronoto e com 1+1 calo alaranjado nos ângulos basais do escutelo. Pontuações castanho a castanho-escuras irregularmente distribuídas. Ventralmente o abdome é proeminentemente caloso lateralmente ( Fig. 109 View Figs ). Cabeça tão larga quanto longa medianamente, margem anteocular abruptamente sinuosa, carenada, larga e arredondada apicalmente, jugasmais longas que o clípeo e estreitamente contíguas apicalmente. Base das jugas com inúmeras rugas finas e oblíquas. Pontuações castanho-escuras moderadamente densas e igualmente distribuídas. Ocelos com uma pequena mancha negra atrás de cada ocelo recoberto por pontuações, olhos bastante salientes. Primeiro artículo antenal atingindo a ultrapassando o ápice da cabeça, 1 o ao 4 o escuros, 3 o deprimido com sulco longitudinal, 5 o totalmente amarelado. Rostro atingindo o metasterno. Pronoto mais que duas vezes a largura ao nível dos úmeros que longo medianamente. Ângulos umerais sub-retilíneos e não desenvolvidos. Margensântero-laterais sub-retilíneas. Pontuações castanho-escuras fortemente densas, em alguns, com faixa submarginal acompanhando as margens ânterolaterais e de tamanho diferenciado, sendo menores em torno das cicatrizes, estas castanhas a concolores. Superfície com muitas rugas transversais. Escutelo mais longo que largo na base. Fóveas com 1+1 calos grandes, alaranjados circundados por pontuações castanho-escuras, menos densas que o pronoto e dimunuindo gradativamente em direção ao ápice, estecom margem apicalcom 1+1 pequenas manchas castanhoescuras nas laterais. Hemiélitro com superfície castanho-clara a castanho-escura, pontuações castanhas, exocório finamente pontuado, mesocório e clavo com pontuaçõesmaiores emenos densas. Mancha discal ausente. Superfície torácia ventral de coloração amarelada a castanho-escura na faixa mediana das pleuras, no restante castanho-escura a enegrecida e esta separação de coloração é marcada por uma linha castanhoescura contígua com as máculas calosas abdominais. Pontuações castanho-escuras menores e mais densas na faixa longitudinal castanho-clara e maiores e irregulares na faixa amarelada. Segmentos do conexivo expostos, de coloração castanha, delicadamente pontuados, pontuações castanhoescuras, uniformemente densas. Ângulos apicais agudos e fortemente produzidos. Superfície ventral do abdome de coloração semelhante ao tórax, sendo que a faixa castanhoclara abrange quase todo o abdome até próximo aos espiráculos, nesta região com uma série contínua de máculas calosas semelhantes a S. costalis ( Fig. 109 View Figs ). Espinho mediano do 3 o segmento abdominal agudo. Pernas de coloração castanho-clara a castanho-escura com raras pontuações castanhas nos fêmures, tarsos castanhos.
Genitália. Pigóforo globoso, taça genital levemente pontuada ventralmente, pontuações ferrugíneas. Ângulos póstero-laterais em “U” aberto coma margem dorsalprojetada num pequeno processo digitiforme enegrecido e voltado para o ápice dos parâmeros. Bordo dorsal côncavo, medianamente com 1+1 pequenos processos nos ângulos basais, em forma de abas largas, deprimidos dorso-ventralmente e com ápice enegrecido voltado para osparâmeros ( Fig. 17 View Figs ). Bordo ventral em “V” aberto projetado medianamente provido por estrias transversais enegrecidas, e uma projeção digitiforme, negra a frente das estrias ( Fig. 34 View Figs ). Décimo segmento, quadrangular, perpendicularmente disposto em relação ao plano sagital, amplamente exposto em vista dorsal e projetado ventralmente ( Fig. 17 View Figs ). Parâmeros dispostos perpendicularmente ao plano sagital, largos, deprimidos lateralmente, com uma projeção situadas perpendicularmente ao ápice do parâmero e voltada para o bordo dorsal, abaixo desta projeção há alguns pêlos longos dispostos longitudinalmente. Superfície apical totalmente rugosa. Uma faixa negra, rugosa, percorre dorsalmente a projeção até o ápice ( Fig. 49 View Figs ). Phallus . Vésica em tubo cilíndrico curto, com 1/3 do comprimento da phallotheca. Processos da vésica lembrando um chapéu bávaro, com um par de projeções laminares anteriores, deprimidas lateralmente, menos volumosas e um par de expansões laminares posteriores mais volumosas envolvendo 2/3 basais do ductus seminis distalis. Gonoporo secundário emcalha ( Fig. 64 View Figs ).
Fêmea semelhante ao macho. Medidas (n=43). Comprimentototal 14,9 (15,9-13,9) 0,2; larguraabdominal 8,3 (8,9-7,5) 0,1; comprimentodacabeça 2,0 (2,8-1,7) 0,1; largura dacabeça 3,0 (3,2-2,5) 0,1; comprimentodos artículosantenais I 0,5 (0,7-0,3) 0,1; II 0,3 (0,4-0,2) 0,1; III 1,8 (2,0-1,5) 0,1; IV 1,4 (1,5-0,6) 0,2; V 1,6 (1,7-1,4) 0,2; comprimentodopronoto 3,7 (4,0-3,3) 0,1; largura anterior do pronoto 3,3 (3,7-3,0) 0,1; largura posterior do pronoto 8,1 (8,6-7,5) 0,1; comprimento do escutelo 6,2 (6,9-5,7) 0,1; largurado escutelo 4,9 (5,2-4,5) 0,1.
Genitália. Superfície das placas genitais moderadamente pontuada, pontuações castanho-claras. Sétimo segmento com margem posterior côncava sobre os gonocoxitos 8. Laterotergitos 8 triangulares, subiguais em comprimento em relação aos laterotergitos 9, bordo posterior ponteagudo. Laterotergitos 9 sub-retangulares com ápice truncado e ultrapassando nitidamente a banda que une dorsalmente os laterotergitos 8. Gonocoxitos 8 subtriangulares, entumescidos, de comprimento longitudinal subigual aos laterotergitos 9, ápice suavemente convexos, ângulos laterais externos projetados num pequeno espinho; bordos suturais paralelos em toda a sua extensão ( Fig. 81 View Figs ). Décimo segmento quadrangular. Gonapófises 9 com espessamento da íntima vaginal esclerotizado em anel incompleto. Chittinelipsen situadas lateralmente ao espessamento da íntima vaginal. Comprimento do ductus receptaculi na região anterior a área vesicularcom o dobro daregião posterior amesma área. Cristas anulares anterior e posterior convergentes, pars intermedialis ovalada. Capsula seminalis arredondada com três dentes longos, recurvados ultrapassando a crista anular anterior em 1/3 do seu comprimento e todos surgindo na porção médioapical ( Fig. 95 View Figs ).
Distribuição. Brasil: Riode Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grandedo Sul.
Material examinado. Holótipo macho, com as etiquetas: a) Brasil; b) F. Sahlb; c) Typus. ( NHRS) . BRASIL. Riode Janeiro: Itatiaia, macho, XI-1959, W. Zikan leg. ( MNRJ) ; Paraná: Ponta Grossa ( Vila Velha ), Reserva IAPAR, Br.376, fêmea, 11-IV-1988, Lev. Ent. PROFAUPAR ( DZUP) ; Ponta Grossa ( Vila Velha ), Reserva IAPAR , Br.376, fêmea , 23-V-1988, Lev. Ent. PROFAUPAR ( DZUP) ; Ponta Grossa ( Vila Velha ), Reserva IAPAR , fêmea, 08-VI-1987, Lev. Ent. PROFAUPAR ( DZUP) ; São José dos Pinhais, Serra do Mar , Br. 277, Km 54, lâmpada, macho, 02-I-1987, Lev. Ent. PROFAUPAR, ( DZUP) ; Campo Tenente, 2 machos, 21-I-1974, Becker, Mielke leg., ( DZUP) ; Salto Osório, fêmea, 23-I-1974, coll. MRCN no 8803, J.G.-Vieira leg. ( MCNZ) ; Santa Catarina: Florianópolis, fêmea, I-1956, coll. MRCN no 3581, Pe. Buck leg., ( MCNZ) ; Nova Teutônia, fêmea, I-1939, Fritz Plaumann ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, 30-IX-1962, Fritz Plaumann ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, 28-XII-1962, Fritz Plaumann ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, macho, 17-IV-1966, Fritz Plaumann ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, macho e fêmea, 18- IV 01966, Fritz Plaumann ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, 3 fêmeas IV-1966, F. Plaumann leg. ( UFRG) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, 2 machos e 2 fêmeas, Fritz Plaumann (DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, IX-1966, F. Plaumann leg. ( MZSP) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, macho e fêmea, 17-II-1967, F. Plaumann leg., ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, III-1968, F. Plaumann leg., ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, XII-1972, F. Plaumann leg., ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, XII-1973, F. Plaumann leg., ( DARC) ; Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, 3 machos e 8 fêmeas, I-1974, F. Plaumann leg., ( DARC) ; Nova Teutônia, 300-500m, 27 o 11 ’ B 52 o 23 ’ L, fêmea, III-1981, F. Plaumann ( DZUP) ; Est. S. Catarina, C. Hansa, fêmea, II-1940, coll. MRCN no 3580, coll. Anton Maller ( MCNZ) ; Rio Grande do Sul: Torres, 14 machos e 17 fêmeas, II-1974, col MRCN nos 8813, 8815, 8818,8819, 8820, 8822, 8823, 8824, 8825, 8826, 8827, 8828, 8829, 8830, 8832, 8833, 8834, 8835, 8836, 8837, 8840, 8841, 8844, 8845, 8846, 8847, 8848, 8849, 8850, 8851, 16419, Arno Lise leg. ( MCNZ) ; Torres, 6 machos e 13 fêmeas, 15-XI-1974, coll. MRCN nos 8720, 8747, 8749, 8750, 8753, 8754, 8755, 8756, 8757, 8758, 8759, 8760, 8762, 8763, 8764, 8765, 8766, 8767, Arno Lise leg. ( MCNZ) ; Santa Maria, fêmea, 19-V-1972, armadilha de luz, D. Link ( UFRG) ; Vila Oliva , em bambu, fêmea, 12-VII-1964, coll. MRCN no 3582 ( MCNZ) .
Comentários. Ogrupo formado por S. calligera + S. maculata tem sua monofilia sustentada por duas sinapomorfias, ápice dos laterotergitos 9 truncado e ângulos laterais externos dos gonocoxitos 8 com pequeno espinho e uma homoplasia, ápice do bordo dorsal do pigóforo com processo. Diferencia-se de S. maculata , morfologicamente, nos machos, pelos processos basais do bordo dorsal do pigóforo em forma deaba larga, deprimida dorso-ventralmente e com os ápices voltados para os parâmeros; nas fêmeas, pelo ápice dos gonocoxitos 8 suavemente convexos.
NHRS |
Sweden, Stockholm, Naturhistoriska riksmuseet |
MNRJ |
Brazil, Rio de Janeiro, Sao Cristovao, Universidade do Rio Janeiro, Museu Nacional |
DZUP |
Brazil, Parana, Curitiba, Universidade Federal do Parana, Museu de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
MCNZ |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
UFRG |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia |
MZSP |
Brazil, Sao Paulo, Sao Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo |
NHRS |
Swedish Museum of Natural History, Entomology Collections |
MNRJ |
Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro |
DZUP |
Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
MCNZ |
Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
UFRG |
Instituto de Biologia |
MZSP |
Sao Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Serdia calligera Stål, 1860
Fortes, Nora Denise Fortes de & Grazia, Jocélia 2005 |
Serdia (Brasiliicola) calligera
Link, D. & J. Grazia 1987: 121 |
Thomas Jr., D. B. & L. H. Rolston 1985: 1166 |
Becker, M. 1967: 85 |
Buckup, L. 1961: 12 |
Ruckes, H. 1958: 15 |
Kirkaldy, G. W. 1909: 141 |
Serdia calligera Stål, 1860: 26
Lethierry, L. & G. Severin 1893: 179 |
Stal, C. 1872: 46 |
Stal, C. 1860: 26 |