Vochysia tucanorum Mart., 2022

Teixeira, Rayna Chaves & Teles, Aristônio Magalhães, 2022, A família Vochysiaceae na Serra dos Pireneus, Goiás, Brasil, Iheringia, Série Botânica (e 2022001) 77, pp. 1-26 : 21-24

publication ID

https://doi.org/ 10.21826/2446-82312022v77e2022001

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/6710F134-FFCF-FB38-8A90-6980FBB4F94B

treatment provided by

Felipe

scientific name

Vochysia tucanorum Mart.
status

gen. nov.

15. Vochysia tucanorum Mart. View in CoL , Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 142, t. 85. 1826.

( Figs. 3 View Figura 3 N-O; 17 A-H)

Iconografia: Barbosa (1999: 140, fig. 36).

Nomes populares: caixeta, cinzeiro, congonha, vinháticobranco (Minas Gerais, Barbosa 1999), congonheiro(a), fruto-de-tucano, pau-de-vinho, pau-de-tucano, tucaneira, vinheira (São Paulo, Barbosa 1999).

Árvores, 4-8 m alt. Caule acastanhado, ramos com casca não descamante, glabros. Folhas 4-verticiladas, estípulas ca. 1 mm compr., caducas; pecíolo ca. 1,5 cm compr.; lâmina foliar 8,7-12 × 3,5-4 cm, obovada a oblonga ou elíptica, cartácea, ápice retuso ou emarginado, base cuneada, margem revoluta apenas na base, broquidódroma, face adaxial glabra, nervura primária impressa e secundárias levemente proeminentes, face abaxial glabra, nervura primária proeminente e secundárias levemente proeminentes. Inflorescências terminais, cônicas, ca. 11 cm compr., glabras; cíncinos 2-4-floros; pedúnculos 0,4-0,6 cm compr.; pedicelos 10-15 mm compr.; brácteas caducas; botões florais 1,5-2 × 0,3 cm, cilíndricos, ápice agudo a arredondado; cálcar 1-1,3 cm compr., recurvo ou reto; sépala calcarada 1,1-1,6 × 0,4-0,5 cm; lobos do cálice não calcarados ca. 2-3 × 2-3 mm, ovais, ápice obtuso; 3 pétalas, pétala central ca. 1,2 × 0,3 cm, glabra; pétalas laterais 5-7 × 2 mm, glabras. Estame ca. 1,4 cm compr., filete ca. 4 mm compr., antera ca. 1 × 0,2 cm, levemente pilosa nos bordos da deiscência; estaminódios ca. 1 × 0,5 mm. Ovário ca. 2 × 3 mm, deltoide, glabro, estilete ca. 1,2 cm compr., cilíndrico, glabro; estigma terminal. Cápsulas 2-2,7 × 1-1,4 cm, elipsoides a oblongoides, ápice obtuso, arredondado ou retuso, superfície verrucosa, não descamante, glabra; sementes não examinadas.

Material examinado: BRASIL, GOIÁS, Pirenópolis, Santuário de Vida Silvestre Vaga Fogo, solo pedregoso,

relevo íngreme, vegetação mata de encosta semidecídua, 15° 49’ 21,9” S, 48° 59’ 36,1” W, 800 m, 28.VIII.2003, fr., M.L. Fonseca et al. 4868 (GUA, HRB, HUEFS IBGE).

Material adicional: BRASIL, GOIÁS, Formosa, Fazenda Santana , 15° 26’ 09” S, 47° 02’ 11” W, 862 m, 26.II.2016, fl., T.H.S. Sampaio & B.E. Lutz 296 (UFG).

Vochysia tucanorum ocorre no Brasil (Bahia, Espírito

Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal) e na Bolívia, Paraguai e Suriname. Na Serra dos Pireneus, esta espécie foi coletada em bordas de florestas estacionais semideciduais.

Stafleu (1948) citou para esta espécie duas variedades: a variedade típica e V. tucanorum var. fastigiata Mart. A diferença principal entre as duas variedades é a dimensão das lâminas foliares, que em V. tucanorum var. fastigiata são bem mais menores e mais estreitas que na variedade típica. Stafleu (1948) comenta, inclusive, que esta variedade provavelmente trata-se de uma anomalia causada pelo fogo que ocorre no Cerrado ou por outro agente, o que seria indicado pelo hábito fastigiado do táxon. Barbosa (1999) propôs a sinonimização das duas variedades por acreditar que os caracteres vegetativos e reprodutivos podem variar e se sobrepor de acordo com a região geográfica em que a espécie é encontrada.

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