Mecocephala bonariensis, Schwertner & Grazia & Fernandes, 2002
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0085-56262002000200009 |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.6277455 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/923B4A0B-F034-8847-6317-3C885ADAFA27 |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Mecocephala bonariensis |
status |
sp. nov. |
Mecocephala bonariensis sp. nov.
( Figs. 3 View Figs , 8 View Figs , 13 View Figs , 18 View Figs , 25-27 View Figs , 32 View Figs , 36 View Figs )
Mecocephala acuminata ; Berg 1884: 25 (partim); Pirán, 1948: 12; 1959: 41, 42; 1970: 124, 126; Ruffineli & Pirán, 1959: 16; Benvegnú, 1968: 91, figs. 5-6, 11 (non Dallas, 1851).
Macho. Tamanho grande (12,3-17,6 mm), comcoloração de fundo variando do vermelho-cobre-escuro ao negro. Pontos do corpo, negros. Pernas de coloração ferrugínea a negra.
Cabeça. Clípeo ultrapassando as jugas em comprimento. Jugas de cor predominantemente negra, com pontuação igual à do corpo e apresentando estrias transversais, como em M. acuminata ( Fig. 3 View Figs ). Artículos antenais com a mesma coloração do corpo. Rostro extremamente longo, sempre ultrapassando o VII urosternito.
Tórax. Margens ântero-laterais do pronoto de coloração vermelha, fortemente emarginadas e levemente crenuladas na metade anterior. Largura do pronoto, ao nível dos ângulos umerais, maior que duas vezes o comprimento do pronoto ( Fig. 3 View Figs ). Tórax ventralmente negro, com pontos mais rasos. Cório com a mesma coloração do corpo, com pontos mais rasos. Margem do cório com o terço anterior de coloração vermelha. Calo do ápice da veia Rádioamarelo-pálido, inconspícuo.
Conexivo com a mesma coloração do corpo, com pontos um pouco menores que o restante do corpo. Região ventral do abdome com coloração ferrugínea a negra, o terço mediano de cor mais clara; pontos pouco menores que o restante do corpo.
Medidas. Comprimento total do corpo 14,78 (12,35-16,7); largura total 6,56 (5,76-7,12); comprimentoda cabeça 3,42 (2,8- 3,84); comprimento da cabeça adiantedos olhos 2,27 (2,0-2,48); largura da cabeçaao nível dos olhos 2,75 (2,4-2,96); largura da cabeça adiante dos olhos 1,81 (1,6-1,92); comprimento dos artículos antenais: I 0,73 (0,64-0,8); II 0,42 (0,32-0,48); III 1,36 (1,04-1,85); IV 1,10 (1,04-1,2); V 1,57 (1,52-1,6); pronoto: comprimento 2,54 (2,08-2,8), largura 6,28 (5,2-7,4); escutelo: comprimento 4,80 (4,08-5,28), largura 3,32 (2,8-3,68); comprimento do cório 6,24 (5,2-6,88).
Genitália. Bordo dorsal do pigóforo pouco projetado sobre a taça genital; ângulos póstero-laterais moderadamente projetados posteriormente. Carena do segmento X subtriangular, não atingindo o ápice do segmento; ângulos basais da carena em ponta romba ( Fig. 8 View Figs ). Carena do folheto inferior do bordo ventral apresentando 1+1 elevações suaves, não formando espinhos ( Figs. 13, 18 View Figs View Figs ). Projeções globosas do folheto superior projetadas dorsalmente, com o ápice afilado, curto e em ponta romba. Parâmeros com a superfície dorsal levemente côncava, apresentando elevações na margem junto ao Xsegmento (Fig. 8). Processos da phalloteca subparalelos, subtruncados no ápice, largura igual a duas vezes, ou mais, a largura dos processos 1 da conjuntiva, muito levemente curvados dorsalmente; ângulo póstero-lateral da phalloteca pouco desenvolvido. Processos 1 da conjuntiva muito mais longos que os processos da phalloteca, fortemente curvados em direção dorsal no terço apical, quase em ângulo reto; processos 2 com ápice da conjuntivaem quilha, afilado e pouco curvado. Área membranosa da vésica em aba única, não formando lobos ou processos como nas demais espécies. Base do ductus seminis distalis bem mais larga que os processos 1 da conjuntiva. Ductus seminis distalis extremamente longo e enovelado, permanecendo intacto após a dissecação; gonóporo secundário em calha ( Figs. 25-27 View Figs ).
Fêmea. Idêntica ao macho, porém proporcionalmente um pouco maior. Medidas. Comprimento totaldo corpo 16,83 (15,53- 18,2); largura total 7,30 (6,72-7,76); comprimentoda cabeça 3,82 (3,44-4,16); comprimento dacabeçaadiante dos olhos 2,58 (2,32- 2,72); larguradacabeçaaoníveldos olhos 2,94 (2,8-3,12); largura da cabeça adiante dos olhos 1,99 (1,84-2,08); comprimento dos artículos antenais: I 0,80 (0,64-0,96); II 0,50 (0,4-0,56); III 1,44 (1,28-1,6); IV 1,18 (0,96-1,36); V 1,66 (1,6-1,76); pronoto: comprimento 2,86 (2,4-3,2); largura 7,01 (6,32-7,44); escutelo: comprimento 5,3 (4,8-5,76), largura 3,83 (3,36-4,08); comprimento do cório 7,2 (6,48-8,0).
Genitália. Gonocoxitos 8 com obordo posterior sub-retilíneo. Laterotergitos 8 com bordo posterior sinuoso, terço interno projetado em ângulo de ponta romba. Laterotergitos 9 com ápice arredondado; margens internas subparalelas, subiguais em comprimento aos laterotergitos 8 ( Fig. 32 View Figs ). Chitinellipsen pouco maiores que em M. acuminata, com o diâmetro menor do que o comprimento dos espessamentos secundários das gonapófises 9. Espessamento da íntima vaginal apresentando as margens externas sinuosas. Ductus receptaculi curto e com diâmetro, ao longo e após a área vesicular, correspondendo a cerca de duas vezes o diâmetro da pars intermedialis; nestas regiões, o ductus apresenta-se finamente ornamentado internamente, formando cristas subquadrangulares, que aumentam progressivamente de tamanho, em direção à pars intermedialis. Parsintermedialis e capsulaseminalis subiguais em comprimento. Capsulaseminalis globosa, pouco achatada transversalmente ( Fig. 36 View Figs ).
Distribuição. ARGENTINA: Buenos Aires, Tigre e Belgrano. BRASIL: Minas Gerais e Paraná. URUGUAI: Montevidéu.
Material-tipo. Holótipo fêmea, BRASIL, Paraná: Ponta Grossa, Olaria , IX.1942 ( DZUP) . Parátipos. Sem localidade, 1 macho, 1953, Pres. by Perth Museum, 629 ( BMNH) ; etiqueta ilegível, 1 fêmea ( MACN) . BRASIL. Minas Gerais: Alto Itatiaia, 1 fêmea, 2.200m, 10.XI.1953, coleção J.F. Zikan ( FIOC) . Rio de Janeiro: Itatiaia, 1 macho, 2 fêmeas, VI.1902, col. Carlos Moreira ( MCNZ, 2797 , 2798 , 2799 ) ; ditto, 1 fêmea, ditto ( MNRJ) . Paraná: Curitiba, 1 fêmea, 27.XII.1937, C. Westerman ( FIOC) . ARGENTINA. Buenos Aires: 1 macho, 14.X.1896, S. Venturini ( MACN, 5659 ) ; 1 macho, 09.X.1896, ditto ( MACN, 5653 ) ; 1 fêmea, 20.I.1899, ditto ( MACN) ; 1 fêmea, 22.I.1899, ditto ( MACN) ; 1 fêmea, 23.I.1899, ditto ( MACN) ; 1 fêmea, 24.VI.1899, ditto ( MACN) ; 1 fêmea, 04.XI.1899, ditto ( MACN) ; Buenos Aires [Capital], 1 macho, 10.X.1949, M. Fritz ( MACN) ; Buenos Aires, 1 macho, sem data ( MACN, 6643 ) ; Tigre , 1 macho, sem data ( UFRG) ; Belgrano , 1 macho, 2 fêmeas, 28.III.1917 ( UFRG) ; 2 machos, sem data ( UFRG) ; 1 fêmea, X.1945, V. Lopez ( MACN) ; 1 fêmea, C. Ingelnohl, acq. 1902, [ Mecocephala sp. – not M. acuminata - L.H. Rolston 1983] ( BMNH) . URUGUAI. Sem localidade: 2 machos, 2 fêmeas, sem data, Baucard ( NHRS) . Montevideo: Pajas Brancas , 1 macho, 3 fêmeas, 21.X.1956 ( UYIC, 1 fêmea UFRG) ; Sgo. Vasques , 1 fêmea, 21.X.1960, “en caraguatá” ( UYIC) .
Comentários. Esta espécie tem distribuição mais ampla que M. acuminata, inclusive registrospara o Uruguai, o que, talvez, tenha contribuído para confundir outros autores na caracterização da espécie-tipo de Mecocephala . Analisando as ilustrações de BENVEGNÚ (1968) para M. acuminata, verificouse que foi ilustrada uma espécie diferente, aqui tratada como M. bonariensis sp. nov. Registra-seque nacoleção MCNZforam localizados três exemplares coletados em Itatiaia-RJ, identificados por L. Buckup em 1962 como M. acuminata; estes espécimens estão como abdome dissecado, destituídos de genitália e certamente correspondem ao material utilizado por BENVEGNÚ (1968).
M. bonariensis sp. nov. é semelhante a M. magna sp. nov., diferindo desta por possuir pernas concolores ao corpo, calo do ápice da veia Rádio do hemiélitro inconspícuo, de cor amarelo-pálida, margensântero-laterais do pronoto fortemente emarginadas em toda sua extensão, com estas eo terço anterior do hemiélitro de coloração vermelha, laterotergitos 8 combordo posterior sinuoso e terço interno projetado em ângulo de ponta romba, projeções globosas do folhetosuperior do bordo ventral do pigóforo projetadas dorsalmente, com ápice afilado curtoe em ponta romba, e carena inferior do folheto inferior do bordo ventral do pigóforo com 1+1 elevações suaves, não formando espinhos.
DZUP |
Brazil, Parana, Curitiba, Universidade Federal do Parana, Museu de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
BMNH |
United Kingdom, London, The Natural History Museum [formerly British Museum (Natural History)] |
MACN |
Argentina, Buenos Aires, Museo Argentina de Ciencias Naturales |
FIOC |
Brazil, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Fundacao Instituto Oswaldo Cruz |
MCNZ |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
MNRJ |
Brazil, Rio de Janeiro, Sao Cristovao, Universidade do Rio Janeiro, Museu Nacional |
UFRG |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia |
NHRS |
Sweden, Stockholm, Naturhistoriska riksmuseet |
UYIC |
Uruguay, Montevideo, Instituto de Biologia |
DZUP |
Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
MACN |
Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia |
FIOC |
Fundacao Instituto Oswaldo Cruz |
MCNZ |
Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
MNRJ |
Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro |
UFRG |
Instituto de Biologia |
NHRS |
Swedish Museum of Natural History, Entomology Collections |
UYIC |
Instituto de Biologia |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Mecocephala bonariensis
Schwertner, Cristiano Feldens, Grazia, Jocélia & Fernandes, José Antônio Marin 2002 |
Mecocephala acuminata
Berg 1884: 25 (partim) |
Pirán, 1948: 12 |
1959: 41 , 42; 1970: 124, 126 |
Ruffineli & Pirán, 1959: 16 |
Benvegnú, 1968: 91 , figs. 5-6, 11 |