Edessa marginalis ( Dallas, 1851 )

Silva, Eduardo José Ely e, Fernandes, José Antonio Marin & Grazia, Jocélia, 2004, Variações morfológicas em Edessa rufomarginata e revalidação de E. albomarginata e E. marginalis (Heteroptera, Pentatomidae, Edessinae), Iheringia, Série Zoologia 94 (3), pp. 261-268 : 266-267

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0073-47212004000300006.

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.3663831

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/A64487C5-FFA8-B040-FF12-DC4DFB88737D

treatment provided by

Tatiana

scientific name

Edessa marginalis ( Dallas, 1851 )
status

 

Edessa marginalis ( Dallas, 1851) revalidada

( Figs. 17-20 View Figs )

Aceratodes marginalis DALLAS, 1851:335 ; WALKER, 1867:453. Edessa (Aceratodes) marginalis ; STÅL, 1872:57.

Diagnose. Rostro com o primeiro segmento tão longo quanto as búculas; mesosterno sem carena mediana e com uma protuberância entre as coxas anteriores; superfície ventral do abdome apresentando pontuação igual a do resto do corpo e ausente na faixa longitudinal mediana; cabeça do parâmero com projeção anterior alongada como em E. rufomarginata ; projeção posterior ausente; face externa da cabeça do parâmero sem concavidades e com uma esculturação helicoidal; processo da taça genital em forma de bastão, com a face superior escavada; décimo segmento com margem posterior não projetada, sem sulco, glabra; face posterior truncada, rugosa e com leve carena; gonocoxitos 8 decliventes, como bordo posterior emarco semifechado, sem recorte.

Descrição. Comprimento 14,9-16,6 mm; largura 8,2- 9,6 mm, corpo ovalado. Coloração geral da face dorsal verde; margens das jugas, margens ântero-laterais do pronoto, terço anterior do cório e conexivo amareloclaros; pontuação fina freqüentemente escura. Ângulos umerais não desenvolvidos. Face ventral e pernas castanho-alaranjadas; antenas castanho-claras. Face ventral com estrias descoloridas apenas posteriormente aos espiráculos.

Cabeça mais larga que longa. Jugas mais longas que o clípeo, com pequenos sulcos transversais e sem pontuação, arredondadas e curvadas ventralmente no ápice. Tubérculos anteníferos com dente inconspícuo; antenômeros em ordem crescente de comprimento do primeiro ao quarto; quarto e quinto subiguais. Rostro atingindo a primeira bifurcação do processo do metasterno, com o primeiro segmento tão longo quanto as búculas. Búculas paralelas e largas. Pronoto declivente, brilhante, com os ângulos ântero-laterais armados com pequeno dente. Margem ântero-lateral reta, íntegra e não emarginada. Cicatrizes do pronoto subcalosas e não pontuadas. Pontuação da superfície ventral do pronoto igual a da superfície dorsal. Escutelo brilhante, com ápice levemente acuminado. Cório fosco, com pontuação igual a do resto do corpo e veias sem diferença de coloração. Membrana do hemiélitro castanho-escura a negra brilhante, sem reflexo metálico. Mesosterno sem carena mediana, comuma protuberância entre as coxas anteriores. Processo metasternal mais longo que largo, achatado, liso e glabro, apresentando a bifurcação anterior divergente e com os ápices evanescentes. Bifurcação anterior do processo metasternal atingindo o terço posterior do mesosterno e acomodando parcialmente o quarto segmento do rostro. Área evaporatória rugosa, fosca, da mesma cor que a face ventral; peritrema ostiolar atingindo 4/5 da largura da metapleura. Conexivo exposto, com a pontuação clara igual a do resto da superfície dorsal. Ângulos pósterolaterais do conexivo e ângulos posteriores do sétimo segmento pouco desenvolvidos. Face dorsal do abdome castanho-escura. Superfície ventral com pontuação igual a do resto do corpo e ausente na faixa longitudinal mediana. Espiráculos elípticos e tricobótrios na mesma linha dos espiráculos.

Genitália masculina. Pigóforo retangular em vista dorsal, com abertura dorso-posterior e ângulos pósterolaterais arredondados (fig. 17); superfície ventral com pontuações e sulcos sinuosos na metade posterior e uma protuberância no meio do terço posterior. Cabeça do parâmero com projeção anterior alongada, como em E. rufomarginata ; projeção posterior ausente. Face externa da cabeça do parâmero sem concavidades, com uma esculturação helicoidal (fig. 18). Processo da taça genital em forma de bastão e escavada superiormente (fig. 19). Décimo segmento com margem posterior não projetada, sem sulco e sem pêlos (fig. 17); face posterior truncada, rugosa e com uma leve carena.

Genitália feminina. Gonocoxitos 8 decliventes, pilosos, pontuados e posicionados num plano diferente das demais placas genitais. Bordo posterior do gonocoxito 8 em arco semifechadoe sem recorte (fig. 20). Gonocoxitos 9 fracamente convexos, muito pilosos, trapezoidais e às vezes com carena mediana presente.

Distribuição. Brasil: Pará, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

Material examinado. “ América do Sul ”, holótipo, Mr. Children’s col. ( BMNH). BRASIL, Pará: Gorotire ,, 14.XI.1977, D. Posey col. ( MPEG) ; Mato Grosso: Chapada dos Guimarães ,, 2, 19-23.I.1961, J. & B. Bechynécol. ( MPEG) ;, 09.II.1962, J. & B. Bechynécol. ( MPEG) ; ( FazendaBuriti ),, 2, 16.XI.1982, M. Zanuto & W. Overal col. ( MPEG) ; Minas Gerais: Lagoa Santa ,, 05.VI.1956 ,, 13.VIII.1956 (comparado como holótipo de A. marginalis ), J. Becker col. ( MNRJ) ; Goiás: Jataí ( Fazenda Cachoeirinha ),, I.1964, Morgante & Silva col. ( UFRG) ; Distrito Federal: Planaltina ,, 28.III.1978, V. Becker col. ( UFRG) .

Diagnose diferencial. Edessa albomarginata e E. marginalis se diferenciam de E. rufomarginata por apresentarem o décimo segmento dos machos com margem posteriornão projetada eo rostro como primeiro segmento tão longo quanto as búculas.

Os machos de E. albomarginata diferenciam-se das demais espécies por apresentarem o bordo dorsal do pigóforo com duas abas que se projetam de cada lado sobre as laterais do décimo segmento, encobrindo os processos do diafragma; projeção anterior da cabeça do parâmero alongada e afilada; processo da taça genital de contorno retangular, com sutura diagonal junto ao ápice, que acompanha uma levereentrância e outra sutura basal sem reentrância.

Edessa marginalis se distingue das outras duas espécies por apresentar o mesosterno sem carena mediana e com uma protuberância entre as coxas anteriores; cabeça do parâmero com projeção posterior ausente e com a face externa com uma esculturação helicoidal; processo da taça genital em forma de bastão, com a face superior escavada.

Os machos de E. rufomarginata podem ser diferenciados de E. albomarginata e E. marginalis por apresentarem projeção anterior da cabeça do parâmero com ápice arredondado, processo da taça genital retangular, achatado lateralmente e fendido medianamente.

Nas fêmeas as principais diferenças estão na forma dos gonocoxitos 8. Edessa albomarginata apresenta o terço posterior dos gonocoxitos 8 deprimido; bordo posterior formando um arco fechado e recortado próximo ao bordo sutural (fig. 16). Edessa marginalis possui gonocoxitos 8 decliventes, como bordo posterior em arco semifechado, sem recorte (fig. 20). Em E. rufomarginata os gonocoxitos 8 não são deprimidos e nem decliventes e o bordo posterior é em arco aberto (fig. 4).

Notas taxonômicas. Com base no exame dos holótipos de Aceratodes albomarginatus e Aceratodes marginalis , constatou-se que são espécies diferentes de E. rufomarginata . Aanálise do holótipo de Aceratodes discolor Dallas, 1851 , Br. Guyana, R. Schomburgk col. (BMNH), evidenciou diferenças morfológicas quando comparada a E. rufomarginata . O exame da série de síntipos de Edessa abdominalis Erichson, 1848 , 3 e, BritishGuyana, R. Schomburgk col. (ZMHB), e do holótipo de Aceratodes discolor evidenciou pertencerem à mesma espécie. Portanto, A. discolor é retirada da sinonímia de E. rufomarginata e considerada sinônimo júnior de Edessa abdominalis Erichson, 1848 .

BMNH

United Kingdom, London, The Natural History Museum [formerly British Museum (Natural History)]

MPEG

Brazil, Para, Belem, Museu Paraense Emilio Goeldi

MNRJ

Brazil, Rio de Janeiro, Sao Cristovao, Universidade do Rio Janeiro, Museu Nacional

UFRG

Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Hemiptera

Family

Pentatomidae

Genus

Edessa

Loc

Edessa marginalis ( Dallas, 1851 )

Silva, Eduardo José Ely e, Fernandes, José Antonio Marin & Grazia, Jocélia 2004
2004
Loc

Aceratodes marginalis

DALLAS, 1851:335
WALKER, 1867:453
Loc

Edessa (Aceratodes) marginalis

STÅL, 1872:57
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