Charmallaspis smithiana ( White, 1850 )
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492006001400001 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03AB87B0-FF91-1B6E-FFF6-FE0EFED0FB2B |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Charmallaspis smithiana ( White, 1850 ) |
status |
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Charmallaspis smithiana ( White, 1850) View in CoL revalidada
( Figs. 1-3 View FIGURAS 1-6 , 30 View FIGURAS 30-31 )
Pyrodes Smithianus White, 1850:12 View in CoL ; 1853:50; Bates, 1869:51; Gemminger & Harold, 1872:2781; Ross, 1910:21 (cat.).
Pyrodes smithianus View in CoL ; Lacordaire, 1869:178; Lameere, 1909:49; Günther, 1940:464 (distr.); Galileo & Martins, 1992:320 (syn.); Monné, 2006:48 (cat.) (in syn.).
Pyrodes (Pyrodes) smithianus View in CoL ; Lameere, 1913:54 (cat.); 1915:284; 1919:103; Melzer, 1919:116.
Pyrodes smithiana View in CoL ; Blackwelder, 1946:555 (cat.).
Fêmea ( Fig. 1 View FIGURAS 1-6 ). Tegumento verde metálico, ou dourado-esverdeado (élitros mais esverdeados), ou ainda dourado-esverdeado com reflexos violáceos.
Região dorsal da cabeça ( Fig. 2 View FIGURAS 1-6 ) com pontos relativamente grossos, muito abundantes e confluentes (maiores na área entre a borda posterior dos olhos e o occipício). Área hipostomal com pontuação bem marcada e abundante. Gula com pontos esparsos. Antenas atingem apenas o quarto basal dos élitros; antenômero III ( Fig. 3 View FIGURAS 1-6 ) suavemente mais largo do que o IV.
Pronoto ( Fig. 2 View FIGURAS 1-6 ) com pontuação bem marcada e muito abundante no disco, mais grossa e esparsa na área entre o centro do disco e as laterais, e anastomosada nas laterais. Prosterno com pontos grossos e confluentes nas laterais e mais finos e dispersos em direção ao centro do disco. Metasterno com pontos relativamente grossos e abundantes nas laterais e mais finos e esparsos em direção à sutura metasternal. Metepisternos com pontuação subigual àquela das laterais do metasterno, porém mais cerrada em toda superfície. Escutelo ( Fig. 2 View FIGURAS 1-6 ) com pontos abundantes e bem marcados. Élitros ( Fig. 1 View FIGURAS 1-6 ) inteiramente vermiculados, com pontos finos e abundantes em toda a superfície; cada élitro com quatro carenas, das quais as duas mais internas são mais nítidas (as duas mais externas podem ser apenas indicadas). Urosternitos fina e abundantemente pontuados.
Dimensões em mm (♀). Comprimento total, 29,0-45,5; comprimento do protórax, 5,0-7,7; largura do protórax na frente, 6,0-8,0; largura do protórax atrás, 8,0-11,6; largura umeral, 10,2-15,5; comprimento elitral, 18,0-28,2.
Material examinado ( MZSP). BRASIL. Pará: Belém, ♀, II.1957, Dirings; (“ Granja St. Hort. ”, Estrada de Ferro Bragança ), ♀, II.1956, Dirings; ♀, VIII.1956, Dirings .
Distribuição geográfica ( Fig. 30 View FIGURAS 30-31 ). Aparentemente, a distribuição geográfica dessa espécie é bastante restrita. As duas localidades citadas na literatura (Pará: Caripi e Benevides) e as das três fêmeas ora examinadas, são próximas ou na própria cidade de Belém.
Tipo e localidade-tipo. White (1850) descreveu Pyrodes smithianus proveniente do Brasil (“a specimen was found... on Caripi, an island thirty miles from Para ”). White (1853) manteve a citação: “ Hab. Brazil; Caripi near Para (J.P. George Smith, Esq.)”. Lameere (1909) comentou: “Cette espèce n’est connue que d’une seule localité, Caripi, près de Para, sur le fleuve des Amazones ”. Galileo & Martins (1992) escreveram equivocadamente: “proveniente de Ilha Capiri (“ 30 miles from Pará”)”.
Bates (1864) esclareceu sobre a localidade-tipo: “There are three villages on the coast of Carnapijó, and several planters’ houses, formerly the centres of flourishing estates…One of the largest of these establishments is called Caripi…Most of the occasional English and American visitors to Para had made some stay at Caripi, and it had obtained quite a reputation for the number and beauty of the birds and insects found there”. Atualmente essa localidade faz parte do município de Barcarena.
Lameere (1909) comentou que havia duas fêmeas depositadas no BMNH, das quais uma é o holótipo, e Lameere (1915) mencionou que havia mais uma fêmea da coleção Gounelle em Paris, proveniente de Benevides (Pará, Brasil). Bates (1869) também coletou essa espécie em Caripi: “I found one specimen of this species on the foliage of a low tree, at Caripi, near Pará. Unfortunately it was not reserved for my private collection, and I have drawn up the above diagnosis from the type specimen in the British Museum, which was found by Mr. J.P.G. Smith, also at Caripi”.
Discussão. Galileo & Martins (1992) examinaram um slide do holótipo de P. smithianus , sinonimizaram-na com Charmallaspis pulcherrima (Perty, 1832) , mas não comentaram o motivo da sinonimização. Uma das fêmeas relacionadas na lista de material examinado abaixo, foi estudada por Galileo & Martins (l.c.), que concluíram tratar-se de uma variação de C. pulcherrima (comunicação pessoal). No entanto, C. smithiana difere de C. pulcherrima : pontuação abundante e bem marcada ( Figs. 1, 2 View FIGURAS 1-6 ) na cabeça, no pronoto, no escutelo e no esterno; élitro ( Fig. 1 View FIGURAS 1-6 ) com pontuação muito grossa, confluente e abundante em toda superfície e com quatro carenas; marginação da sutural elitral saliente em toda extensão ou quase toda. Em C. pulcherrima ( Figs. 4, 5 View FIGURAS 1-6 ) a pontuação da cabeça, do pronoto, do escutelo e do esterno é mais rasa e, freqüentemente, mais esparsa, os élitros ( Fig. 4 View FIGURAS 1-6 ) são rugosos no terço basal e lisos ou fracamente rugosos no restante, sem carenas nítidas e a marginação da sutura não é destacada. Nas três fêmeas de C. smithiana examinadas, o antenômero III ( Fig. 3 View FIGURAS 1-6 ) é suavemente mais largo do que nas mais de vinte fêmeas de C. pulcherrima ( Fig. 6 View FIGURAS 1-6 ) da coleção MZSP. Outra diferença observada é a cor dos élitros: nas fêmeas de C. pulcherrima é azul-metálica, ou azul-metálica com reflexos violáceos, ou uma dessas duas cores com uma larga faixa transversal amarelada (examinei apenas uma fêmea com élitros verdemetálicos e larga faixa transversal amarelada e, apenas uma outra com os élitros inteiramente azulesverdeados). Nenhuma das fêmeas de C. smithiana apresenta a cor azul e/ou a faixa transversal amarelada.
Lameere (1909) escreveu sobre C. smithiana : “Cette espèce ne diffère de la précédente que par les côtés du prothorax aussi arrondis en avant chez la femelle qu’ils le sont chez le mâle du P. pulcherrimus , et par les élytres très rugueuses avec deux côtes et la suture élevées sur chacune d’elles”. Na verdade, o protórax das fêmeas de C. smithiana e machos e fêmeas de C. pulcherrima são variáveis. Em uma das fêmeas de C. smithiana , as duas carenas elitrais mais externas são apenas indicadas e, nas outras duas, são menos nítidas do que as duas internas, o que provavelmente ocorre nas fêmeas examinadas por Lameere (l.c.).
MZSP |
Sao Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Charmallaspis smithiana ( White, 1850 )
Santos-Silva, Antonio 2006 |
Pyrodes smithiana
Blackwelder, R. E. 1946: 555 |
Pyrodes (Pyrodes) smithianus
Melzer, J. 1919: 116 |
Lameere, A. A. 1913: 54 |
Pyrodes smithianus
Monne, M. A. 2006: 48 |
Galileo, M. H. M. & Martins, U. R. 1992: 320 |
Gunther, K. 1940: 464 |
Lameere, A. A. 1909: 49 |
Lacordaire, J. T. 1869: 178 |
Pyrodes Smithianus
Ross, E. F. K. 1910: 21 |
Gemminger, M. & Harold, E. 1872: 2781 |
Bates, H. W. 1869: 51 |
White, A. 1853: 50 |
White, A. 1850: 12 |