Acrosternum (Chinavia) rideri, Frey-da-Silva & Grazia, 2001

Frey-da-Silva, Angélica & Grazia, Jocélia, 2001, Novas Espécies De Acrosternum Subgênero Chinavia (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini), Iheringia, Sér. Zool. 90, pp. 107-126 : 120-125

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0073-47212001000100011

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.6279326

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/5A2B87CE-DF77-592A-FED5-FCF2C9DEFE9E

treatment provided by

Valdenar

scientific name

Acrosternum (Chinavia) rideri
status

sp. nov.

Acrosternum (Chinavia) rideri sp. nov.

( Figs. 4 View Figs , 11-13 View Figs , 20-22 View Figs 14-22 , 26 View Figs 23-26 , 29 View Figs 27-29 )

Etimologia. Nome em homenagem ao Dr. D. A. Rider da University of North Dakota (EUA) pelas importantes contribuições dadas aos estudos dos heterópteros.

Superficie dorsal verde-oliva a verde-amarelada; ventralmente verde-clara. Margens laterais das jugas, do pronoto e terço basal do cório largamente bordeados por uma faixa vermelho-alaranjada que se estende até a superfície ventral. Pernas verdeclaras com anéis apical e basal das tíbias e tarsos ferrugíneos. Pontuações densas na superfície dorsal, concolores enegras. Superfície ventral com pontuações finas, concolores e negras (fig. 4).

Macho. Cabeça levemente mais larga que longa. Pontuaçõesconcolores densamente distribuídas por toda a superfície. Em alguns exemplares, 1+1 manchas negras medianas na base da cabeça. Jugas com as margens laterais levemente sinuosas, convergentes apicalmente, igualando-se ao clípeo em comprimento. Nas margens do clípeo, mancha enegrecida irregular e de extensão variável. Largura dos olhos com 1/3 da distância interocular. Olhos enegrecidos. Ocelos castanho-avermelhados. Segmentos antenais II, III e IV enegrecidos com anéis claros na base; Isegmento esverdeado e V segmento marrom-claro a ocre. Comprimento dos segmentos antenais aumentando progressivamente do Iao IV; Vsegmento antenal pouco menor que o IV. Superfície ventral da cabeça verde-amarelada com pontuações concolores irregularmente distribuídas e com uma pequena mancha linear negra localizada na base do tubérculo antenífero. Rostro alcançando o limite posterior das metacoxas, amarelo-pálido, com o ápice do último segmento enegrecido. Pronoto aproximadamente três vezes mais largo que longo. Pontuações enegrecidas mais grosseiras quena cabeça, densamente distribuídas por toda a superfície, com exceção do terço anterior onde as pontuações são menores. Entre as pontuações, inúmeras áreas subcalosas amareladas. Margens ântero-lateraissubretilíneas. Ângulos umerais subtriangulares. Cicatrizes concolores, com 2 + 2 máculas negras aproximadamente circulares situadas no ângulo basal externo e ângulo interno. Escutelo com pequenas áreas subcalosas amareladas. Coloração como no pronoto, exceto no extremo apical vermelho-alaranjado com fina pontuação concolor. Pequenas fóveas negras nos ângulos basais. Hemiélitros com pontuações enegrecidas densamente distribuídas. Ângulos póstero-laterais do cório subtruncados atingindo o ápice do 6o segmentodo conexivo. Sutura da membrana levemente convexa. Membranas translúcidas e enegrecidas na base junto ao ápice do clavo. Pontuações da superfície ventral do tórax finas e irregularmente distribuídas, concolores a enegrecidas, principalmente junto às margens posteriores de cada segmento. Uma linha negra delimita o pronoto ventral da propleura; 1 + 1 pequena mancha negra no epímero da meso- e metapleura. Placa metasternal vermelho-alaranjada. Tíbias dorsalmente sulcadas. Conexivo exposto comos ângulos póstero-laterais pouco pronunciados. Pontuações concolores. Coloração vermelhoalaranjada, com faixas negras mais espessasinternamente nasmargens anterior e posterior de cada segmento do conexivo. Superfície ventral do abdome com pontuações finas concolores. Espinho do III segmento abdominal cônico e curto, de ponta romba, não ultrapassandoalinhaposterior das metacoxas. Ângulospóstero-lateraisdecadasegmento abdominal negros; margem lateral externa com pequenas manchas semi-circulares amareladas. Espiráculos negros com pequeno calo esbranquiçado.

Medidas. Comprimento total 13,20 (11,42-14,11); comprimento da cabeça 1,86 (1,55-2,05), largura 3,05 (2,95-3,19); comprimento adiante dos olhos 0,97 (0,82-1,06); distância interocular 1,73 (1,55-1,88); comprimento dos segmentos antenais I 0,60 (0,57- 0,65); II 1,16 (1,06-1,31); III 1,66 (1,56-1,88); IV 2,12 (2,05-2,29); V 1,98 (1,88-2,05); comprimento do pronoto 2,95 (2,54-3,28), largura 8,25 (7,46-9,26); comprimento do escutelo 5,51 (4,92-6,15), largura 5,19 (4,67-5,90); largura do abdome 8,30 (7,38-9,26); comprimento do cório 8,01 (7,38-8,94).

Genitália. Pigóforo subquadrangular. Ângulos póstero-laterais fortemente angulosos; taça genital moderadamente escavada, inteiramente recoberta por longos e densos pêlos. Bordo dorsal côncavo nos terços laterais (fig. 11). Bordo ventral sinuoso medianamente, projetado dorsalmente em forma de aba, subtriangular, com a margem externa denteada e enegrecida; ápice em nítido espinho (fig. 12). Parâmeros longos; cabeça do parâmero espatulada no ápice e, na base, com pequena projeção em dente (fig. 13). Ápice do parâmero direcionado dorsalmente (fig. 11). Segmento X quadrangular, com uma carena no terço basal, nitidamente visível em vista dorsal (fig. 11). Aparelho articular com placa basal simples e com um par de conectivos dorsais e um par de conectivos ventrais. Conectivos dorsais alcançando o terço basal da phalloteca e apresentam um processus capitati pouco desenvolvido, espatular com dois processos laterais delicados. Conectivos ventrais alongados e finos. Phalloteca tubular e levemente curvada dorsalmente. Base da phalloteca com processo ovalado. Conjuntiva presente e reduzida com um par de processos digitiformes. Vésica tubular, pouco desenvolvida, cerca de ¼ do comprimento da phalloteca, visível em vista dorsal e ventral. Membramblase arredondada e visível dorsalmente (figs 20-22).

Fêmea semelhante ao macho. Medidas. Comprimento total 14,08 (12,76-15,12); comprimentoda cabeça 1,94 (1,72-2,21), largura 3,11 (2,87-3,19); comprimento adiante dos olhos 1,02 (0,90-1,15); distância interocular 1,81 (1,64-1,96); comprimento dos segmentos antenais I 0,62 (0,49-0,82); II 1,23 (1,14-1,31); III 1,72 (1,55-2,05); IV 2,23 (2,05-2,46); V 2,13 (2,05-2,21); comprimento do pronoto 3,12 (2,87-3,36), largura 8,67 (7,62-9,43); comprimento do escutelo 5,77 (5,16-6,23), largura 5,52 (6,06-4,83); largura do abdome 8,73 (7,70-9,51); comprimento do cório 8,71 (7,38-9,43).

Genitália. Bordo posteriordo VIIsegmento abdominal côncavo na área que recobre a base dos gonocoxitos 8. Estes, mais longos que largos. Bordossuturais dos gonocoxitos 8 justapostos a ligeiramente divergentes nos extremos apical e basal. Bordo posterior dos gonocoxitos 8 convexo na metade externa, projetando-se sobre os laterotergitos 9, cobrindo parcialmente a base destes; côncavo na metade interna. Laterotergitos 8 subtriangulares; bordo posterior com minúscula projeção. Laterotergitos 9 ultrapassando sutilmente a banda que une dorsalmente os laterotergitos 8. Pequena projeção de ponta romba junto ao ápice das gonapófises 9 projetando-se sobre os gonocoxitos 9. Segmento Xquadrangular (fig. 26). Espessamentos secundários das gonapófises 9 amplos. Chitinellipsen irregularmente ovaladas. Orificium receptaculi arredondado. Espessamento da íntima vaginal subcônico. Ductus receptaculi antes e depois da área vesicular muito curto em relação ao comprimento do ductus na área vesicular; região do ductus receptaculi anterior à área vesicular quase três vezes mais longa e com quase o dobro do diâmetro que a região posterior à área vesicular. Pars intermedialis com diâmetro menor que o comprimento, cilíndrica, mais estreita que a capsula seminalis; esta, semiesférica, com dois dentes sub-retilíneos e voltados em direções opostas, bem mais longos do que a capsula seminalis e pars intermedialis juntas. Crista anular anterior voltada em direção ao ductus receptaculi; crista anular posterior conspícua (fig. 29).

Material-tipo. Holótipo, BRASIL, MatoGrosso, ChapadadosGuimarães , 21.XI.1983 ( DZUP). Parátipos: Amazonas, EstaçãoSilviculturadoINPA ,, 2.II.1976, PyDanielRappcol. ( INPA) ; MatoGrosso, Cuiabá ,, 1963, M. Alvarengacol. ( DZUP) ; ChapadadosGuimarães, 3, 3 ( DARC) ; DistritoFederal, Brasília,, 13.X.1969, J. M. & B. O. Campbellcol.( DARC) ;, 10.XI.1978, H. M. Santoscol., em Bauhinea sp. ( UFRG) ;, XII.1971, V. Staviarskicol. ( MNRJ) ;, UNB ;, 06.VI.1979 ( UFRG) ; Planaltina ,, 27.VIII.1979, G. P. Santoscol. ( UFRG) ; Goiás, Jataí, FazendaNovaOrlandia , 2 ,, I.1964, Martin, Morgante & Silvacol. ( UFRG) ; MinasGerais, Paracatu, 2, VII.1960, Exp. Formosacol. ( MNRJ) ; Sacramento ,, 26.III.1965, C. & T. Eliascol. ( DZUP) ; FazendaUnai ,, 18.III.1978, J. G.Smithcol., emsoja ( UFRG) ; Passos ,, IV.1964, C. Elias col. ( UFRG) ;,.1961, C. Eliascol. ( DZUP) ; 2, III. 1961, C. Eliascol. ( UFRG) .

Plantas hospedeiras. Glycine max (L.) Merrill (soja) e Bauhinea sp.

Diagnose. Em A. (C.) rideri o conexivo apresenta nas margensanterior e posterior de cada segmento, uma larga mancha negra que se torna mais espessa medianamente; ápice do escutelo amarelado; espiráculos negros acompanhados por calo concolor e espinho abdominal alcançando as metacoxas. Diferencia-se de A. (C.) montivagum pela presença de 2+2 máculas negras situadas nos ângulos basais externo e interno das cicatrizes e pelas pequenas fóveas negras nos ângulos basais do escutelo e de A. (C.) pontagrossensis pelos ângulos umerais subtriangulares, margens ântero-laterais do pronoto sub-retilíneas e segmentos antenais II, III e IV enegrecidos com anéis basais claros.

DZUP

Brazil, Parana, Curitiba, Universidade Federal do Parana, Museu de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure

INPA

Brazil, Amazonas, Manaus, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazoonia, Colecao Sistematica da Entomologia

UFRG

Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia

MNRJ

Brazil, Rio de Janeiro, Sao Cristovao, Universidade do Rio Janeiro, Museu Nacional

DZUP

Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure

INPA

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia

UFRG

Instituto de Biologia

MNRJ

Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Hemiptera

Family

Pentatomidae

Genus

Acrosternum

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