Desmodium adscendens (Sw.) DC., Prodr.

Silva, Lucas, Thomaz, Luciana Dias & Dutra, Valquíria Ferreira, 2018, Leguminosae no Parque Natural Municipal de Jacarenema, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil, Iheringia, Série Botânica 73 (3), pp. 261-289 : 281-282

3.15 Desmodium adscendens (Sw.) DC., Prodr. 2: 332.182 6.

( Fig. 3O )

Ervas; até 20 cm alt., ramos tomentosos a puberulentos, inermes. Estípulas ca. 4-5 × 1,5 mm, triangulares, livres, persistentes. Folhas imparipinadas, 3-folioladas; pecíolos ca. 14 mm compr., pubescentes; raque foliar 5- 1 mm compr., pubescente a puberulenta; folíolos 28-34 × 13-18 mm, elípticos, lanceolados ou orbiculares, base obtusa ou arredondada, ápice arredondado ou agudo, margem inteira, face adaxial glabra, puberulenta nas bordas, face abaxial puberulenta, principalmente nas nervuras. Inflorescências pseudoracemosas, 13-20-floras, terminais. Flores papilionadas, pentâmeras, não ressupinadas; cálice gamossépalo, 2-3,3 × 2 mm, campanulado, puberulento, verde; corola dialipétala, rosa, vexilo 4-7 × 3,7-5 mm, alas 4,3-6 × 1-2 mm, carenas 4-7,5 × 1-2 mm, não espiraladas; estames 10, diadelfos, ca. 2,3-5 mm compr., heterodínamos; anteras uniformes, ca. 0,25 mm compr., rimosas; ovário ca. 3,7 mm compr., séssil, piloso; estilete ca. 3,7 mm. Lomentos 3-5 articulados, 1,2-2 × 0,3 cm, puberulentos, indeiscentes. Sementes 1 por artículo, reniformes, 2,6 × 1,8 mm, castanhas.

Espécie ocorrente na África, Ásia tropical, América Central e América do Sul ( Lima et al. 2014). No Brasil ocorre nas regiões Norte (AC, AM, AP, PA, RR, TO), Nordeste (AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE), Centro-Oeste ( GO), Sudeste (ES, MG, RJ, SP) e Sul (PR, RS, SC). Ocorre nos Domínios Fitogeográficos Amazônia , Caatinga , Cerrado , Mata Atlântica e Pampa ( BFG 2015 , material suplementar). No PNMJ ocorre em Área Antropizada e Mata Degradada, sendo abundante nos bordos de mata, principalmente nas margens da rodovia que corta o Parque. Coletada com flores em março e novembro e com frutos em março, maio e novembro .

São características diagnósticas do gênero e que distingue a espécie das demais encontradas no PNMJ: o fruto lomento, a flor papilionácea lilás e o hábito herbáceo. Material examinado: BRASIL, ESPÍRITO SANTO, Vila Velha, Parque Natural Municipal de Jacarenema , 20.IV.2011, L. A . Silva 008 ( VIES); 17.IX.2010, 13.XI.2010, B. Z . Rohor 09 ( VIES). 05.XI.2011, L. A . Silva & K . S . Ribeiro 76 ( VIES); 05.XI.2011, L. A . Silva & K . S . Ribeiro 78 ( VIES); 18.III.2012, L. A . Silva 131 ( VIES) .

Figures

Figs. 3A-R. A. Alysicarpus vaginalis – Folha. B-D. Chamaecrista rotundifolia var. rotundifolia. B. Folíolo; C. Flor; D. Fruto. E-G. Zornia glabra. E. Folíolos; F. Inflorescência; G. Fruto.H, I. Stylosanthes gracilis. H. Estípulas; I. Folha; J. Stylosanthes scabra - Folha. K. Crotalaria maypurensis - Estípula. L, M. Crotalaria pallida. L. Fruto; M. Estípula. N. Ancistrotropis peduncularis - Fruto. O, P. Desmodium adscendens; O. Fruto; P. Flor. Q. Rhynchosia phaseoloides - Fruto. R. Centrosema virginianum Flor.