Polyrhaphis gracilis Bates, 1862
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010003000001 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03F1B867-FFF9-FFAF-363A-F9C5601EFDB3 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Polyrhaphis gracilis Bates, 1862 |
status |
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Polyrhaphis gracilis Bates, 1862 View in CoL
( Figs. 66-69 View FIGURAS 61‑71 , 79 View FIGURAS 78‑83 , 84 View FIGURAS 84‑85 )
Polyrhaphis gracilis Bates, 1862: 403 View in CoL ; Gilmour, 1965: 621 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 228 (checklist); Monné, 1994: 18 (cat.); 2005: 628 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 293 (checklist); 2006: 293 (checklist); Wappes et al., 2006: 31 (checklist).
Polyraphis gracilis View in CoL ; Lacordaire, 1872: 732; Aurivillius, 1923: 372 (cat.); Blackwelder, 1946: 608 (checklist); Guérin, 1953: 315.
Polyrrhaphis gracilis View in CoL ; Gemminger & Harold, 1873: 3139 (cat.).
Polyrhaphis sp. ; Giuglaris, 2006: pl. I, fig. 5 (distr.).
Polyrhaphis testacea Lane, 1965: 298 View in CoL ; Monné & Giesbert, 1994: 228 (checklist); Monné, 1994: 20 (cat.); Julio et al. 2000: 48 (tipo); Monné, 2005: 631 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 293 (checklist); 2006: 293 (checklist). Syn. nov.
Redescrição: Macho ( Fig. 68 View FIGURAS 61‑71 ). Corpo fracamente deprimido ( Fig. 67 View FIGURAS 61‑71 ). Cabeça, em vista dorsal, quase tão longa quanto o protórax; alongada atrás dos olhos. Fronte fracamente convexa; pontuação grossa, profunda e moderadamente abundante; pubescência amarelo-avermelhada presente em toda extensão, mas não encobre o tegumento. Vértice com pubescência da mesma cor daquela da fronte, exceto na área próxima ao occipício; pontuação grossa, profunda e dispersa. Clípeo côncavo na região central da margem anterior. Anteclípeo longo (comprimento igual à aproximadamente 1/3 da largura). Labro convexo na metade basal; metade apical nitidamente inclinada para baixo; pubescência da metade basal moderadamente esparsa; parte inclinada glabra na região central. Distância entre os lobos oculares superiores igual a 1,4 vezes a largura do antenômero III; distância entre os lobos oculares inferiores igual a 1,5 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas tão longas quanto à distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Comprimento da parte frontal das genas com 0,7 vezes a largura do lobo ocular inferior. Segmento II dos palpos maxilares tão longo quanto o IV e mais longo do que o III. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos apenas menor do que a largura do escapo na base. Antenas com 2,3 vezes o comprimento elitral.
Saliências cônicas do pronoto moderadamente elevadas; calosidades da metade apical do disco nítidas; espinhos laterais grandes, quase tão longos quanto à metade do comprimento do protórax; pontuação do disco grossa, profunda e abundante, mais esparsa e mais fina entre as saliências cônicas; pubescência castanho-avermelhada recobre toda a superfície, exceto a base e a parte dos tubérculos laterais do lado da base, onde a pubescência é branco-acinzentada; ápice das saliências cônicas e dos espinhos laterais e parte das calosidades (principalmente as laterais) glabras; presença de alguns pelos longos e escuros, no disco e base dos tubérculos laterais. Escutelo com pubescência amarelo-avermelhada.
Élitros subparalelos nos dois terços basais, mas com reentrância suave pouco antes do meio; carena longitudinal dos élitros, sobre a giba, muito baixa e com série variável de tubérculos brilhantes, que continuam em linha quase reta, após a giba, até antes do meio do élitro; área que margeia a metade basal da sutura elitral, com tubérculos pequenos, brilhantes, com ápice rombo; área sobre a giba e entre as carenas elitrais laterais, com pontos muito grossos e profundos e tubérculos pequenos e brilhantes, mais abundantes sobre a giba e na área contígua ao ápice destas; carena lateral curva, baixa, da base até pouco além do meio dos élitros, munida de tubérculos pequenos, brilhantes e com ápice rombo; terço apical com calosidade grande e apenas indicada; úmeros apenas salientes; ângulo apical externo com espinho longo e ângulo sutural com espinho curto; ápice obliquamente truncado; metade basal com pubescência castanho-avermelhada, muito curta, entremeada por áreas glabras ou subglabras e áreas com pubescência amarelo-acinzentada; metade apical com pubescência amarelo-acinzentada que se prolonga obliquamente na metade basal, exceto uma larga faixa sinuosa de pubescência acastanhada, localizada aproximadamente no terço basal, que não atinge o ápice, entremeada por áreas glabras e subglabras. Fêmures com pubescência branco-acinzentada com faixa de pubescência mais densa, localizada após o meio e no extremo apical. Tíbias com pubescência da mesma com daquela dos fêmures, em geral com faixa de pubescência mais abundante depois do meio.
Fêmea ( Figs. 66, 69 View FIGURAS 61‑71 ): Clípeo sub-reto ou côncavo na região central da borda anterior. Distância entre os lobos oculares superiores igual de 1,5 a 2,4 vezes a largura do antenômero III na base; distância entre os lobos oculares inferiores igual de 1,6 a 1,7 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas tão ou mais longas do que a distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos de 1,1 a 1,3 vezes a largura do escapo na base. Antenas de 1,6 a 1,7 vezes mais longas que o comprimento elitral. Pubescência do pronoto castanho-avermelhada ou amarelo-avermelhada, com o mesmo padrão de distribuição e coloração daquela nos machos (às vezes, a pubescência basal e lateral é mais amarelada). Escutelo com pubescência amarelo-avermelhada ou amarelada. Ápice sutural dos élitros nitidamente saliente ou com espinho curto; metade basal com pubescência castanho-avermelhada ou amarelo-avermelhada, entremeada por áreas glabras ou subglabras e áreas com pubescência amarelo-acinzentada ou amarelada; metade apical com pubescência amarelo-acinzentada ou amarelada, exceto uma larga faixa sinuosa de pubescência acastanhada como nos machos, com ou sem áreas glabras e subglabras.
Fêmures com pubescência branco-acinzentada ou amarelo-acinzentada, com ou sem faixa de pubescência mais densa, localizada após o meio e no extremo apical (esta última sempre presente). Tíbias com pubescência da mesma com daquela dos fêmures, em geral com faixa de pubescência mais abundante depois do meio, da mesma cor do restante ou acastanhada.
Dimensões em mm (♂ / ♀): Comprimento total, 27,4/27,0-35,5; comprimento do protórax, 4,5/4,5-5,2; largura do protórax, entre os ápices dos espinhos, 11,0/10,4-13,0; largura umeral, 10,1/9,5-12,9; comprimento elitral, 19,4/19,5-25,7.
Tipo, localidade-tipo: De P. gracilis : holótipo ♀, procedente do Brasil (Amazonas, Tefé, antigo Ega), depositado no MNHN (ex-Coleção J. Thomson> R. Oberthür) .
De P. testacea : holótipo ♀ ( Fig. 66 View FIGURAS 61‑71 ), proveniente do Brasil (São Paulo, Marília ), depositado no MNRJ .
Distribuição ( Figs. 79 View FIGURAS 78‑83 , 84 View FIGURAS 84‑85 ): Bolívia ( Wappes et al., 2006), Guiana Francesa (novo registro, Fig. 84 View FIGURAS 84‑85 ) e Brasil [Amazonas ( Bates, 1862), São Paulo ( Lane, 1965)]. Monné & Hovore (2005, 2006), registraram também o Equador, como ocorrência de P. gracilis .
Discussão: A comparação do holótipo fêmea de Polyrhaphis testacea Lane, 1965 , com os exemplares estudados de P. gracilis , provenientes da Bolívia, e com o holótipo, também fêmea, desta última, mostra que não existem diferenças, o que nos permite efetuar a sinonímia entre as duas espécies. O holótipo de P. testacea apresenta, inclusive, mais semelhança com o holótipo de P. gracilis do que com os espécimes da Bolívia, pela distância entre os lobos oculares superiores maior do que o dobro da largura do antenômero III na base (fêmeas). Nas fêmeas de P. gracilis provenientes da Bolívia e nas de P. lanei sp. nov., que também é semelhante, essa distância, nas fêmeas, é menor do que o dobro. No entanto, como foi observada variação na distância entre os lobos oculares superiores em outras espécies, acreditamos que os espécimes da Bolívia realmente são P. gracilis .
Embora não seja impossível que P. gracilis realmente ocorra no estado de São Paulo ( Brasil), essa localidade pode ter sido um erro de rotulagem do holótipo, que pertencia a ex-Coleção H. Zellibor .
Material examinado: BOLÍVIA, Santa Cruz: 4-6 km SSE Buena Vista (Hotel Flora & Fauna), ♂, ♀, 17-19.X.2000, Wappes & Morris col. ( MZUSP) . GUIANA FRANCESA: “DZ 3” ( Regina – Saint-Georges ; armadilha luminosa), ♂, 31.VIII.1991, Marc Thouvenot col. ( MNHN) ; Matoury (La Mirande; atraído por luz), ♀, 01.IX.1991, Jean-Louis Giuglaris col. ( MZUSP) ; Montagnes Tortue ( Approuague ; pk 0; armadilha luminosa), ♀, 26.VIII.1996, Jean-Aimé Cerda col. ( MNHN) ; Montagne de la Trinité (atraído por luz), ♀, 08.IX.1988, Pierre Souka col. ( MNHN) ; ♀, 09.IX.1988, Pierre Souka col. ( MNHN) ; Piste Changement (pk 4; armadilha luminosa), ♀, 05.IX.1991, Jocelyne Navatte col. ( MZUSP) ; Piste Coralie (pk 9; armadilha luminosa), ♀, 27.VIII.1987, Henri Cevaer col. ( MNHN) ; ♀, 26.VII.1989, Fanny & Jean-Pierre Serais col. ( MNHN) ; Piste de l’Orapu (pk 3; armadilha luminosa), ♀, 13.IX.1985, Patrik Sarry col. ( MNHN) ; Piste de Kaw (pk 35; armadilha luminosa), ♀, 30.VII.1989, Philippe Dewatre ( MZUSP) ; Piste du plateau de Nancibo (pk 32; armadilha luminosa), ♀, 01.IX.1991, Jean-Louis Giuglaris col. ( MNHN) ; Saül ( Eaux Claires ; atraído por luz), ♂, 10.VIII.1994, Jeanine Morati & Michael Huet col. ( MNHN) . BRASIL, São Paulo: Marília , holótipo ♀ de P. testacea (ex-Coleção H. Zellibor; ex-Coleção C.A. Campos Seabra), 04.XI.1945, [sem nome do coletor] ( MNRJ) .
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Order |
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Family |
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Genus |
Polyrhaphis gracilis Bates, 1862
Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L. 2010 |
Polyrhaphis testacea
MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 293 |
JULIO, C. E. A. & GIORGI, J. A. & MONNE, M. A. 2000: 48 |
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 228 |
LANE, F. 1965: 298 |
Polyrrhaphis gracilis
GEMMINGER, M. & HAROLD, E. 1873: 3139 |
Polyraphis gracilis
GUERIN, J. 1953: 315 |
BLACKWELDER, R. E. 1946: 608 |
AURIVILLIUS, C. 1923: 372 |
LACORDAIRE, J. T. 1872: 732 |
Polyrhaphis gracilis
WAPPES, J. E. & MORRIS, R. F. & NEARNS, E. H. & THOMAS, M. C. 2006: 31 |
MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 293 |
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 228 |
GILMOUR, E. F. 1965: 621 |
BATES, H. W. 1862: 403 |