Ischasioides crassitarsis ( Gounelle, 1911 )
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492012021900001 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03F3DA2A-F53D-FFB0-FF01-FC70FEEDB686 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Ischasioides crassitarsis ( Gounelle, 1911 ) |
status |
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Ischasioides crassitarsis ( Gounelle, 1911) View in CoL
( Figs. 1-8 View FIGURAS 1‑8 )
(?) Ischasia crassitarsis Gounelle, 1911:54 , 1 fig.
Ischasia crassitarsis View in CoL ; Aurivillius, 1912:283 (cat.); Blackwelder, 1946:577 (checklist); Monné, 1993:45 (cat.); Monné & Giesbert, 1994:92 (checklist).
Ischasioides crassipes View in CoL ; Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003:310 (erro para Ischasia crassitarsis Gounelle, 1911 View in CoL ).
Ischasioides crassitarsis View in CoL ; Monné, 2005:465 (cat.); Monné & Hovore, 2005:117 (checklist); 2006:117 (checklist).
Ischasia crassitarsis View in CoL m. atrocephala Fuchs, 1956:571.
Ischasia crassitarsis View in CoL m. nigrowittata Fuchs, 1956:571 (erro tipográfico – “nigrovittata”).
Ommata (Eclipta) brasiliensis Fisher, 1947:2 View in CoL ; Monné, 1993:21 (cat.); Monné & Giesbert, 1994:96 (checklist); Monné, 2005:486 (cat.); Monné & Hovore, 2005:121 (checklist); 2006:120 (checklist). Syn. nov.
Redescrição: Tegumento preto; faces dorsal e laterais da cabeça castanho-escuras, gradualmente passando a castanho-avermelhada no rostro; face ventral da cabeça castanho-avermelhada com faixa centro-longitudinal mais clara; palpos castanho-amarelados; clípeo e labro castanho-amarelados; mandíbulas castanho- -avermelhadas na base e pretas no restante; escapo, pedicelo e antenômeros III-V castanho-escuros; antenômeros VI-VIII e XI castanho-avermelhados no terço basal; antenômeros IX-X castanho-avermelhados na metade basal; protórax castanho-avermelhado, com anel basal e apical, estreitos, castanho-escuros (apenas acastanhados na face ventral); élitros castanho-escuros, com o terço apical castanho-avermelhado; pedúnculo dos fêmures amarelados na base gradualmente mais escuros para o ápice, que é castanho; clava dos fêmures castanho-escura com o extremo distal preto; mesotíbias castanhas; metatíbias castanhas, com anel amarelado entre o meio e o quarto apical (este último, um pouco mais claro do que na metade basal); tarsos castanho-avermelhados.
Macho ( Figs. 1, 4 View FIGURAS 1‑8 ): Vértice com pubescência amarelada curta, não notavelmente abundante; margem dos lobos oculares inferiores com franja moderadamente longa de pelos decumbentes branco-acinzentados; rostro com pelos decumbentes branco-acinzentados e moderadamente abundantes; toda a face dorsal da cabeça com pelos longos, escuros ou amarelados e esparsos; face ventral da cabeça com pelos longos e moderadamente esparsos (mais longos nas laterais). Antenas com pelos longos, escuros e esparsos (principalmente entre o escapo e o antenômero VII). Pronoto com pubescência inconspícua e pelos amarelados, longos e abundantes. Laterais do protórax com pubescência branco-acinzentada, gradualmente mais conspícua em direção da face ventral, entremeadas por pelos longos. Prosterno com pubescência branco- -acinzentada nos dois terços mais próximos do mesosterno, entremeada por pelos longos; terço mais próximo da cabeça quase glabro. Mesosterno, metasterno, metepisternos e urosternitos com pubescência branco-acinzentada e abundante, entremeada por pelos amarelados e longos. Pontuação do pronoto grossa e alveolada.
Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,7 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,75 vezes a largura de um lobo em vista frontal. Comprimento das antenas igual a 1,9 vezes o comprimento elitral; ultrapassam o ápice elitral aproximadamente no meio do antenômero X; clava antenal pouco distinta.
Élitros ultrapassam um pouco o ápice do urosternito I, deiscentes no quarto apical. Metafêmures atingem o ápice abdominal. Metatarsômero I ( Figs. 3-6, 8 View FIGURAS 1‑8 ) com o dobro do comprimento do II e com o quádruplo do III; maior largura do metatarsômero I aproximadamente igual a largura do ápice da metatíbia.
Fêmea: As principais diferenças são: comprimento das antenas igual a 1,65 vezes o comprimento elitral; ultrapassam o ápice elitral no quarto distal do antenômero
XI; distância entre os lobos oculares inferiores igual a largura de um lobo em vista frontal.
Variação: Faces dorsal e laterais da cabeça inteiramente castanho-escuras ou pretas passando a castanho-escura no rostro; face ventral da cabeça castanho-escura; face ventral da cabeça sem área centro-longitudinal mais clara; clípeo e labro castanhos; mandíbulas pretas apenas no ápice; mandíbulas pretas na margem látero- -inferior e no ápice; antenômeros IV-V (às vezes, só o antenômero V) castanho-avermelhados na base; todos os antenômeros castanho-escuros; anel basal castanho- -avermelhado dos antenômeros VI-XI, quando presente, pode ser pouco distinto e variável na extensão; coloração do protórax bastante variável, desde quase totalmente castanho-alaranjados até quase totalmente pretos no pronoto (este último pode apresentar faixa centro-longitudinal preta ou castanho-escura; metasterno e urosternitos de castanho-escuros até pretos, em geral, com a parte distal dos urosternitos I-IV castanho-amareladas; élitros inteiramente castanho-escuros ou gradualmente mais claros da base até o ápice; clava dos fêmures sem a parte negra no extremo distal; parte clara das metatíbias de amareladas até castanho- -avermelhadas; quarto distal das metatíbias quase da mesma cor da região anterior; metatarsos amarelados. Macho – comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro de 0,6 a 0,7 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; intumescimento dos tarsômeros I e II variável na espessura.
Dimensões em mm (♂ / ♀): Comprimento total, 5,0-7,1/5,8-8,3; comprimento do protórax, 1,1-1,4/1,1-1,5; largura anterior do protórax, 0,7-0,9/0,8-1,0; largura posterior do protórax, 0,8-1,0/0,7-1,0; largura umeral, 0,9-1,2/1,0-1,3; comprimento elitral, 2,2-2,8/2,3-3,0. Dimensões na descrição original: de Ommata (Eclipta) brasiliensis – “Length 5. 5-7 mm., width 1-1. 25 mm.”; de Ischasia crassitarsis – macho, “Long.: 5-6 mill.”, fêmea, “Long.: 6 mill”; dimensões não indicadas para as séries típicas de Ischasia crassitarsis atrocephala e I. c. nigrovittata.
Tipos, localidades-tipo
De Ischasia crassitarsis View in CoL ( Fig. 4 View FIGURAS 1‑8 ) – Tavakilian & Peñaherrera-Leiva (2003) designaram lectótipo para I. crassitarsis View in CoL e registraram: “Des onze syntypes signalés par Gounelle, 1911:55 (8 mâles, 3 femelles), nous avons retrouvé dans les collections du MNHN le même nombre d’exemplaires mais Il s’agit em réalité de 9 mâles dont la taille oscille entre 4 et 5 mm et de 2 femelles de 6 mm. Nous désignons comme Lectotype de Ischasia crassipes [sic] Gounelle, 1911 (présente désignation) le syntype mâle porteur des étiquettes suivantes: une étiquette manuscrite vert pâle « Ischasia crassipes /Gounelle», une étiquete imprimée « BRÉSIL /ÉT. DE GOYAZ/JATAHY/PUJOL 12-97; 1-98 », une étiquete rouge Lectotype, un determinavit “ Ischasioides crassipes View in CoL ( Gounelle, 1911 / ♂ /Tavakilian & Peñaherrera det. 2003»”.
De Ischasia crassitarsis View in CoL m. atrocephala ( Fig. 5 View FIGURAS 1‑8 ) – Fuchs (1956) afirmou que havia um holótipo (“Type”), sexo não especificado, um alótipo (“ Allotype ”), sexo não especificado, e numerosos parátipos (“zahlreiche Cotypen”), sexos não identificados, todos provenientes do Brasil (Rondon, Paraná e Rio Caraguatá, Mato Grosso do Sul). As coordenadas geográficas do Rio Caraguatá são 21°48’S, 52°27’W. Com relação à instituição/coleção depositária da “série típica”, Fuchs (1956) afirmou que estava depositada na coleção “Mus. Frey” (atualmente depositada no MHNB) e na sua coleção particular (atualmente depositada na CHSV), sem especificar a quantidade e o status dos tipos em cada coleção. No mesmo trabalho, Fuchs (1956) escreveu: “Überprüft: 17 Ex. f. typ., 76 Ex. m. atrocephala und 8 Ex. m. nigrovittata ”. Essa afirmativa sugere, que o total de exemplares da “série típica” era de 76 espécimes.
De Ischasia crassitarsis View in CoL m. nigrovittata ( Fig. 6 View FIGURAS 1‑8 ) – Holótipo e 7 parátipos (sexos não indicados), todos procedentes do Brasil ( Rio Caraguatá , Mato Grosso do Sul). Fuchs (1956) afirmou que os tipos estão depositados nas mesmas coleções de I. c. atrocephala e, igualmente, não especificou a quantidade e status dos tipos nessas coleções .
De Ommata (Eclipta) brasiliensis ( Figs. 1-3 View FIGURAS 1‑8 ) – Holótipo macho, procedente do Brasil [Corupá (Hansa Humboldt), Santa Catarina], depositado no AMNH. Alótipo fêmea depositado no USNM e parátipo fêmea depositado na Coleção Lionel Lacey (atualmente depositada no AMNH), ambos coletados no Brasil [Seara (Nova Teutônia), Santa Catarina] .
Nota: Monné (2005) não indicou as “morphas” descritas por Fuchs (1956) na lista bibliográfica de Ischasioides crassitarsis . Embora de acordo com o ICZN (1999: Artigo 45.6.2) essa categoria seja considerada infra-subespecífica, não tenha status em nomenclatura e, portanto, tipos e/ou localidade-típica, optamos por indicá-las nas referências e no item “Tipos, localidades-tipo”.
Distribuição geográfica: Ischasioides crassitarsis é conhecida do Brasil [Goiás ( Gounelle, 1911), Mato Grosso ( Monné & Giesbert, 1994); Mato Grosso do Sul ( Fuchs, 1956); Bahia ( Monné & Giesbert, 1994); Minas Gerais ( Zikán & Zikán, 1944); Rio de Janeiro ( Zajciw, 1973); São Paulo ( Zajciw, 1973); Paraná ( Fuchs, 1956); Santa Catarina ( Fisher, 1947); Rio Grande do Sul ( Buck, 1959)]. Zajciw (1973) registrou, além das localidades apontadas no material examinado, que a espécie ocorre no “Leste, Sul e Centro-Oeste do Brasil ”.
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Mar de Espanha , fêmea, 25.XI.1910, J.F. Zikán col. ( MZUSP) ; Passa Quatro , macho, X.1916, Jaeger col. ( MZUSP) . São Paulo: Presidente Epitácio , macho, X.1954, J. Lane col. ( MZUSP) . Santa Catarina: Seara ( Nova Teutônia ), 2 machos, X.1940, [sem nome do coletor] ( MZUSP) ; macho, 06.X.1940, F. Plaumann col. ( MZUSP) ; macho, 04.XI.1940, F. Plaumann col. ( MZUSP) ; fêmea, XI.1940, B. Pohl col. ( MZUSP) ; fêmea, 03.XI.1941, F. Plaumann col. ( MZUSP) ; macho, X.1965, F. Plaumann col. ( MZUSP) ; fêmea, IX.1966, F. Plaumann col. ( DZUP) ; macho, X.1966, F. Plaumann col. ( MZUSP) ; 4 machos, 3 fêmeas, XI.1966, F. Plaumann col. ( MZUSP) ; fêmea, XI.1977, F. Plaumann col. ( MZUSP) . Rio Grande do Sul: Estação Ecológica Taim , fêmea, 17.X.1985, H.A. Gastal col. ( MCNZ) ; Viamão , macho, 08.XII.1982, A. Lise col. ( MCNZ) .
Fêmea ( Fig. 9 View FIGURA 9 ): Tegumento preto. Escapo, pedicelo e antenômeros III-V castanho-escuros brilhantes; antenômeros VI-XI castanho-escuros e opacos. Protórax alaranjado na maior parte, exceto as seguintes áreas negras: faixa estreita junto a borda anterior do pronoto, gradualmente mais estreita e mais acastanhada em direção ao centro do prosterno; faixa transversal que ocupa pouco mais do que o quarto basal do pronoto, mais estreita na área lateral e ventral. Terço basal do pedúnculo dos fêmures castanho-alaranjado, gradualmente mais escuro para o ápice; demais partes das pernas castanho-escuras.
Discussão: Eclipta brasiliensis ( Fisher, 1947) concorda perfeitamente com a descrição de Ischasioides e, portanto, deve ser transferida para este gênero e difere notavelmente de todas as espécies atualmente incluídas em Eclipta Bates, 1873 , principalmente, pelo ápice elitral arredondado (truncado em Eclipta ). Ao mesmo tempo, não existem caracteres para diferenciar Eclipta brasiliensis de Ischasioides crassitarsis . Comparando-se as descrições originais dessas duas espécies e fotografias dos tipos [respectivamente, holótipo ( Figs. 1-3 View FIGURAS 1‑8 ) e síntipo macho ( Fig. 4 View FIGURAS 1‑8 ) [talvez o lectótipo designado por Tavakilian & Peñaherrera- -Leiva (2003)], observa-se apenas uma pequena diferença no intumescimento dos tarsos (particularmente nos metatarsos). No entanto, o exame dos espécimes examinados e das fotografias dos “tipos” das morfos de I. crassitarsis (I. c. m. atrocephala ( Figs. 5, 7 View FIGURAS 1‑8 ) e I. c. m. nigrovittata ( Figs. 6. 8 View FIGURAS 1‑8 ), demonstra que esse caráter sofre variação, o que também pode ser notado na redescrição e desenhos em Zajciw (1973). Dessa forma, propomos a sinonímia entre as duas espécies.
MHNB |
Museum d'Histoire Naturelle de Bale |
AMNH |
American Museum of Natural History |
MZUSP |
Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo |
DZUP |
Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
MCNZ |
Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Ischasioides crassitarsis ( Gounelle, 1911 )
Martins, Ubirajara R., Santos-Silva, Antonio & Clarke, Robin O. S. 2012 |
Ischasioides crassitarsis
MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 117 |
Ischasioides crassipes
TAVAKILIAN, G. L. & PENAHERRERA-LEIVA, A. Y. 2003: 310 |
Ischasia crassitarsis
FUCHS, E. 1956: 571 |
Ischasia crassitarsis
FUCHS, E. 1956: 571 |
Ommata (Eclipta) brasiliensis
MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 121 |
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 96 |
MONNE, M. A. 1993: 21 |
FISHER, W. S. 1947: 2 |
Ischasia crassitarsis
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 92 |
MONNE, M. A. 1993: 45 |
BLACKWELDER, R. E. 1946: 577 |
AURIVILLIUS, C. 1912: 283 |