Thaptomys nigrita (Lichtenstein, 1829)

Gatto-Almeida, Fernanda, Pontes, Jaqueline Santos, Sbalqueiro, Ives José, Hass, Iris, Tiepolo, Liliani Marilia & Quadros, Juliana, 2016, Diversidade, biogeografia, caracterização cariotípica e tricológica dos pequenos mamíferos não voadores do Parque Estadual Rio da Onça, Litoral Sul do Paraná, Papéis Avulsos de Zoologia 56 (7), pp. 69-96 : 87-88

publication ID

https://doi.org/10.11606/0031-1049.2016.56.07

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Felipe (2024-07-04 01:47:16, last updated 2024-07-04 03:39:18)

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Thaptomys nigrita (Lichtenstein, 1829)
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Thaptomys nigrita (Lichtenstein, 1829) View in CoL

Dois indivíduos de T. nigrita foram cariotipados e apresentaram 2n = 52 e NF A = 52 ( Fig. 9I View FIGURA 9 ). O conjunto autossômico possuía 24 pares de cromossomos acrocêntricos variando de tamanho de grande a pequeno, e um par de cromossomos metacêntricos pequenos. O cromossomo X apresentou-se na forma acrocêntrica e grande, uma vez que ambos os indivíduos cariotipados eram fêmeas, não foi possível caracterizar a morfologia do cromossomo Y, mas segundo Paresque et al. (2004), que registraram o mesmo cariótipo para a espécie, o Y se caracteriza como subtelocêntrico médio. Os cromossomos dessa espécie se apresentam bastante conservados entre os trabalhos (ex.: Paresque et al., 2004; Olifiers et al., 2007; Tortato et al., 2014). Porém, Ventura et al. (2004) descreveram um cariótipo de 2n = 50 e NF A = 48 para indivíduos de Una, no estado da Bahia, que possuíam morfologia externa indistinguível de indivíduos 2n = 52. Os autores sugerem que essa variação pertença a uma nova espécie críptica de Thaptomys .

A tricologia de dois indivíduos revelou padrão cuticular do tipo losângico estreito e medula do tipo alveolar com quatro lacunas pigmentadas “empilhadas” no sentido perpendicular ao eixo de maior comprimento do pelo ( Fig. 7L View FIGURA 7 ), semelhante ao reportado por Penna (2009).

Dois indivíduos foram capturados durante todo o estudo, um em pitfall, no mês de março, e outro em armadilha Sherman, no mês de novembro, e sua biometria é apresentada na Tabela 4. A baixa abundância dessa espécie no PERO pode estar ligada a a sua maior frequência em ambientes bem preservados e matas maduras (Pardini et al., 2005; Pardini & Umetsu, 2006; Umetsu & Pardini, 2007). Para Tiepolo (2007) é endêmica da Floresta Ombrófila Mista (Tiepolo, 2007), que encontra respaldo nos estudos de Grazzini et al. (2015c), que obteve os maiores valores de abundância da espécie entre todos os estudos já realizados. Já trabalhos realizados na Floresta Ombrófila Densa, incluindo o presente estudo, registraram a espécie como uma das menos comuns (Umetsu & Pardini, 2007; Delciellos et al., 2012; Mochi-Jr., 2014).

DELCIELLOS, A. C.; NOVAES, R. L. M.; LOGUERCIO, M. F. D. C.; GEISE, L.; SANTORI, R. T.; SOUZA, R. F.; PAPI, B. F.; RAICES, D.; VIEIRA, N. R.; FELIX, S.; DETOGNE, N.; SILVA, C. C. S.; BERGALLO, H. G. & ROCHA-BARBOSA, O. 2012. Mammals of Serra da Bocaina National Park, state of Rio de Janeiro, southeastern Brazil. Check List, 8 (4): 675 - 692.

GRAZZINI, G.; MOCHI-JR., C. M.; OLIVEIRA, H.; PONTES, J. S.; GATTO-ALMEIDA, F. & TIEPOLO, L. M. 2015 c. Identidade, riqueza e abundancia de pequenos mamiferos (Rodentia e Didelphimorphia) de area de Floresta com Araucaria no estado do Parana, Brasil. Papeis Avulsos de Zoologia (Online), 55: 217 - 230.

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FIGURA 7: Microestrutura de pelos-guarda das espécies de pequenos mamíferos não voadores registrados no Parque Estadual Rio da Onça, Matinhos, Paraná, Brasil. Cutícula acima e medula abaixo. A = Didelphis aurita; B = Gracilinanus microtarsus; C = Marmosa paraguayana; D = Metachirus nudicaudatus; E = Monodelphis iheringi; F = Akodon montensis; G = Delomys sublineatus; H = Euryoryzomys russatus; I = Juliomys pictipes; J = Nectmoys squamipes; K = Oligoryzomys nigripes; L = Thaptomys nigrita.

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FIGURA 9: Cariogramas das espécies de pequenos mamíferos não voadores, que foram cariotipadas, no Parque Estadual Rio da Onça, Matinhos, Paraná, Brasil. A = Gracilinanus microtarsus, 2n = 14, NFA = 20, coloração comum; B = Marmosa paraguayana, 2n = 14, NFA = 20, coloração comum; C = Monodelphis iheringi, 2n = 18, NFA = 30, coloração comum; D = Akodon montensis, 2n = 24, NFA = 42, coloração comum; E = Euryoryzomys russatus, 2n = 80,, NFA = 86, coloração comum; F = Juliomys pictipes, 2n = 36, NFA = 34, coloração comum; G = Oligoryzomys nigripes, 2n = 62, NFA = 81 E 82, coloração comum; H = Nectmoys squamipes, 2n = 56, 57 E 58 NFA = 56, 58 E 60, BANDA C; I = Thaptomys nigrita, 2n = 52, NFA = 52, coloração comum.

Kingdom

Animalia

Phylum

Chordata

Class

Mammalia

Order

Rodentia

Family

Cricetidae

Genus

Thaptomys