Rhynchospora tenerrima Nees ex Spreng., Syst. Veg.
publication ID |
https://doi.org/ 10.21826/2446-82312021v76e2021005 |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.10797846 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03F9C92C-7E13-FFE4-5F18-FD9736B68847 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Rhynchospora tenerrima Nees ex Spreng., Syst. Veg. |
status |
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10.16 Rhynchospora tenerrima Nees ex Spreng., Syst. Veg. View in CoL 4 (Cur. Post.): 26. 1827.
( Fig. 7 C View Figura 7 )
Ervas perenes, cespitosas, 5-25 cm alt., rizomatosas. Bainhas 1-3,5 cm compr., papiráceas, glabras, ápice truncado; lâminas foliares 2-20 x 0,02-0,12 cm, papiráceas, lineares a subfiliformes, faces abaxial e adaxial glabras, margens inermes, distalmente escabrosas. Escapos 3-22 x 0,04-0,1 cm, triangulares em secção transversal, por vezes com ângulos obtusos, glabros, inermes. Brácteas involucrais 2-3, de tamanhos desiguais, foliáceas, faces abaxial e adaxial glabras, esverdeadas, margens inermes, ápice agudo e inconspicuamente escabroso. Inflorescências paniculiformes, por vezes corimbiformes, com espiguetas dispostas em fascículos, terminais e laterais, congestas. Espiguetas 3-6 x 0,5-2 mm, ovoides a longo-elipsoides; glumas 3,1-4,5 x 1,2-2 mm, elípticas a ovais, membranáceas a papiráceas, superfície glabra, estramíneas a castanhopardas, carenas, por vezes, proeminentes, margens glabras, ápice curto a longo-aristado; estames 2 por flor; estiletes bífidos; cerdas perigoniais ausentes. Núculas 1,8-2,1 x 1,2-1,4 mm, obovoides a largo-elipsoides, superfície transversalmente rugosa, com fileiras longitudinais de células longo-retangulares, por vezes inconspícuas, sem margens aladas, base largo e longo-estipitada, ápice com curto colo na junção com o estilopódio, estramíneas a marrons; estilopódios em forma de W, castanhos a negros, não confluentes com o corpo da núcula.
Ocorre no México, América Central e América do Sul ( Strong 2006). No Brasil ocorre nas regiões Norte ( AM, AP, PA, RR, TO), Nordeste ( BA, PB, PE, PI, RN, SE), Centro-Oeste ( DF, GO, MS, MT), Sudeste ( ES, MG, RJ, SP) e Sul (PR) ( Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Nos campos de natureza de Cametá a espécie é encontrada na beira de estradas, em solo arenoso, algumas vezes, arenoso-argiloso, em pleno sol.
Rhynchospora tenerrima caracteriza-se por suas inflorescências paniculiformes, por vezes corimbiformes, com espiguetas dispostas em fascículos, terminais e laterais, congestas, glumas de ápice curto a longo-aristado, núculas com superfície transversalmente rugosa, com fileiras longitudinais de células longo-retangulares, por vezes inconspícuas, base largo e longo-estipitada e estilopódio em forma de W, castanhos a negros, não confluentes com o corpo da núcula.Assemelha-se à Rhynchospora junciformis (ver comentário de R. junciformis ).
Material examinado: BRASIL, PARÁ, Cametá, Estrada Cametá-Juaba , ca. 9 km de Cametá, margem da estrada, 06.VII.2017, A. Gil et al. 763 ( MG); Estrada Cametá-Limoeiro , ca. 28 km do Centro Universitário de Cametá , 05.VII.2017, A.J. Fernandes-Júnior et al. 608 ( MG); Sede Municipal , campo de natureza próximo a ponte do Rio Cupijó , 18.VIII.2016, C.L. Braga-Silva et al. 36 ( MG); Sede Municipal , campo de natureza ca. 8 km da cidade, estrada Cametá-Ajurú , 04.VII.2017, C.L. Braga-Silva et al. 121 ( MG).
10.17 Rhynchospora aff. tenuis
( Fig. 7 D View Figura 7 )
Ervas anuais, cespitosas, 30-35 cm alt., rizomas ausentes. Bainhas 1,2-6 cm compr., membranáceas a cartáceas, glabras, ápice truncado; lâminas foliares 5-27 x 0,04-0,13 cm, lineares, cartáceas, faces abaxial e adaxial glabras, margens inermes. Escapos 12-30 x 0,02-0,1 cm, triangulares em secção transversal, glabros, inermes. Bráctea involucral 1,4-10 x 0,04-0,13 cm, foliácea, faces abaxial e adaxial glabras, esverdeada a estramínea, margens inermes, ápice agudo. Inflorescências corimbiformes, compostas, terminais e laterais, raios eretos a ascendentes, com 1-2 espiguetas terminais aos raios. Espiguetas 4,5-6,5 x 1,2-1,5 mm, elipsoides a lanceoloides; glumas 2,5-5 x 0,8-1,5 mm, ovais a lanceoladas, carenas não proeminentes, castanhas, margens glabras, ápice aristado; estames 3 por flor; estiletes bífidos; cerdas perigoniais ausentes. Núculas 0,7-1,1 x 0,5-0,6 mm, biconvexas, obovoides, superfície transversalmente rugosa, sem margens aladas, curto-estipitadas, ápice obtuso, sem colo na junção com o estilopódio, estramíneas a castanhas; estilopódio triangular comprimido a semilunados, lobos ausentes, marrom, confluente com o corpo da núcula.
Até então, só é conhecida para área de estudos, sendo necessárias novas coletas e estudos taxonômicos e morfológicos mais aprofundados, para confirmar sua identificação e/ou efetivá-la como uma nova espécie de Rhynchospora . Nos campos de natureza de Cametá ocorre em ambiente herbáceo-arbustivo, em solo arenoso.
Rhynchospora aff. tenuis caracteriza-se pelas inflorescências corimbiformes compostas, com espiguetas elipsoides a lanceolóides, bráctea involucral única, núculas de superfície transversalmente rugosa, estilopódio triangular comprimido a semilunados, inteiros. Assemelha-se a Rhynchospora tenuis Link (não registrada na área de estudos) pelas inflorescências corimbiformes, compostas, terminais e laterais, com espiguetas elipsoides a lanceoloides e flores com 3 estames. Contudo, diferem por Rhynchospora aff. tenuis ser anual, e apresentar glumas de ápice aristado, bráctea involucral com margens inermes, núculas de superfície rugosa e estilopódio inteiro (vs. perene, glumas de ápice agudo ou mucronado, brácteas involucrais de margens escabrosas, superfície das núculas transversalmente rugulosa, celular-reticulada na base e estilopódio bilobado em R. tenuis ).
Material examinado: BRASIL, PARÁ, Cametá, Comunidade Humarizal , 06. VI.2016 , C. A. S. Silva & F. F. N. S. Lara 661 ( MG, MFS) .
MFS |
MFS |
W |
Naturhistorisches Museum Wien |
AM |
Australian Museum |
PA |
Universidade Federal do Oeste do Pará |
BA |
Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia |
PE |
Institute of Botany, Chinese Academy of Sciences |
PI |
Paleontological Institute |
GO |
Philosophical Society |
MS |
Herbarium Messanaensis, Università di Messina |
MG |
Museum of Zoology |
VI |
Mykotektet, National Veterinary Institute |
C |
University of Copenhagen |
A |
Harvard University - Arnold Arboretum |
S |
Department of Botany, Swedish Museum of Natural History |
F |
Field Museum of Natural History, Botany Department |
N |
Nanjing University |
MFS |
Museo dei Fisiocritici |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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