Rhynchospora holoschoenoides (Rich.) Herter, Revista Sudamer. Bot.

Silva, Caio Lima Braga da, Nunes, Clebiana de Sá, Schneider, Layla Jamylle Costa, Silva, Juliene de Fátima Maciel da, Alves, Karina de Nazaré Lima, Conde, Maíra Luciana Guimarães, Fernandes-Junior, Aluisio José & Gil, André dos Santos Bragança, 2021, Cyperaceae nos campos de natureza de Cametá, Pará, Amazônia, Brasil, Iheringia, Série Botânica (e 2021005) 76, pp. 1-42 : 30-31

publication ID

https://doi.org/ 10.21826/2446-82312021v76e2021005

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.10804653

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03F9C92C-7E2F-FFD9-5F18-FA6632CA8925

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Felipe

scientific name

Rhynchospora holoschoenoides (Rich.) Herter, Revista Sudamer. Bot.
status

 

10.10 Rhynchospora holoschoenoides (Rich.) Herter, Revista Sudamer. Bot. View in CoL 9: 157. 1953.

Schoenus holoschoenoides Rich., Actes Soc. Hist. Nat. Paris View in CoL 1: 106. 1792.

( Fig. 6 J View Figura 6 )

Ervas perenes, por vezes cespitosas, 25-75 cm alt., rizomatosas. Bainhas 4-18 cm compr., papiráceas, glabras, ápice truncado; lâminas foliares 7,5-70 x 0,1-0,5 cm, lineares, ocasionalmente subuladas, papiráceas a cartáceas, faces abaxial e adaxial glabras, margens inermes, por vezes distalmente escabrosas. Escapos 22-67 x 0,1-0,2 cm, triangulares em secção transversal, glabros, inermes, algumas vezes distalmente escabrosos. Brácteas involucrais 1-4, de tamanhos desiguais, foliáceas, faces adaxial e abaxial glabras, esverdeadas, margens escabrosas, ápice agudo a obtuso. Inflorescências anteliformes, terminais e laterais, compostas, com espiguetas dispostas em capítulos globosos, no ápice dos raios. Espiguetas 2,4-4 x 1-1,8 mm, ovoides a elipsoides; glumas 1,6-3 x 1-1,5 mm, ovais a elípticas, membranáceas, superfície glabra, estramíneas a ferrugíneas, carenas não proeminentes, por vezes distalmente proeminentes, esverdeadas, margens inermes, ápice agudo a acuminado, as mais basais ocasionalmente aristadas; estames 2-3 por flor; estiletes indivisos; cerdas perigoniais 5-6, antrorsamente escabrosas. Núculas 1,8- 2,5 x 0,8-1 mm, longo-obovoides, biconvexas, superfície transversalmente rugulosa, por vezes rugulas inconspícuas e finamente reticulada, sem margens aladas, base cuneada, ápice com colo na junção com o estilopódio, castanho-claras a pardas; estilopódios longo-lineares a longo-lanceolados, 4-angulados, estramíneos a castanhos, não confluentes com o corpo da núcula, margens antrorsamente espinulosas.

Conta com distribuição Neotropical ( Strong 2006). No Brasil ocorre em todos os estados e no Distrito Federal ( Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Nos campos de natureza de Cametá a espécie é muito frequente, ocorrendo, usualmente, em grandes populações, emergentes em brejos temporários e, mais raramente, em solos arenoso-humosos, sazonalmente encharcados, ocasionalmente em áreas antropizadas.

Rhynchospora holoschoenoides caracteriza-se por suas inflorescências anteliformes, terminais e laterais, compostas, com espiguetas dispostas em capítulos globosos, no ápice dos raios, estiletes indivisos, cerdas perigoniais 5-6, antrorsamente escabrosas e estilopódios longo-lineares a longo-lanceolados (ca. 2,5 mm compr.), 4-angulados, com margens antrorsamente espinulosas. Ocasionalmente, quando jovem, com a inflorescência ainda em desenvolvimento, R. holoschoenoides pode ser semelhante a R. barbata , pelas espiguetas dispostas em capítulos globosos, porém em R. barbata esses capítulos são sempre únicos e terminais ao escapo, enquanto que na maturidade, em R. holoschoenoides , são anteliformes terminais e laterais, compostas. Muitas vezes, em coleções de herbários, R. holoschoenoides é equivocadamente tratada como Oxycaryum cubense (Poepp. & Kunth) Palla (atualmente sinônimo de Cyperus blepharoleptos Steud. ) (não registrada para área de estudos) e vice-versa. Provavelmente, esse equívoco é recorrente, por ambas as espécies contarem com inflorescências anteliformes compostas, com espiguetas dispostas em capítulos globosos no ápice dos raios e glumas dispostas espiraladamente (o que é incomum em espécies de Cyperus , que usualmente conta com glumas dísticas). Todavia, basicamente, C. blepharoleptos diferencia-se de R. holoschoenoides por apresentar lígula ciliada, longas e numerosas brácteas involucrais, inflorescências sempre terminais ao escapo, estilete bífido e ausência de cerdas perigoniais e de estilopódio persistente no ápice da núcula (vs. lígula ausente, brácteas involucrais menores e em menor número, inflorescências terminais e laterais ao escapo, estilete indiviso, 5-6 cerdas perigoniais e estilopódio longo-linear a longo-lanceolado persistente no ápice da núcula em R. holoschoenoides ).

Material examinado: BRASIL, PARÁ, Cametá , Carapajó, ca. 10 km do porto, 07.VII.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 159 ( MG); Curuçambaba, estrada PA-151, 07.VII.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 163 ( MG); Curuçambaba, estrada PA-151, 23. I.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 78 ( MG); Estrada Cametá-Ájurú, campo de natureza ca. 8 km da cidade, 04.VII.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 126 ( MG); Estrada Cametá-Juaba, ca. 9 km de Cametá, margem da estrada, 06.VII.2017 , A. Gil et al. 769 ( MG); Estrada do Lixão , Cametá-Vila do Côco, ca. 20 km do Centro Universitário de Cametá, 05.VII.2017 , A. J. Fernandes-Júnior et al. 620 ( MG); Estrada do Lixão , Cametá-Vila do Côco, ca. 20 km do Centro Universitário de Cametá, 05.VII.2017 , A. J. Fernandes-Júnior et al. 630 ( MG); Porto Grande, campina próximo da parte central do distrito de Porto Grande, 21. I.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 60 ( MG); Sede Municipal, campo de natureza próximo a ponte do Rio Cupijó, 16.VIII.2016 , C. L. Braga-Silva et al. 22 ( MG); Sede Municipal, campo de natureza próximo a ponte do Rio Cupijó, 17.VIII.2016 , C. L. Braga-Silva et al. 28 ( MG); Sede Municipal, campo de natureza na beira da estrada Transcametá, 24. I.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 83 ( MG); Sede Municipal, campo de natureza próximo a ponte do Rio Cupijó, 03.VII.2017 , C. L. Braga-Silva et al. 94 ( MG) .

C

University of Copenhagen

L

Nationaal Herbarium Nederland, Leiden University branch

MG

Museum of Zoology

I

"Alexandru Ioan Cuza" University

A

Harvard University - Arnold Arboretum

J

University of the Witwatersrand

Kingdom

Plantae

Phylum

Tracheophyta

Class

Liliopsida

Order

Poales

Family

Cyperaceae

Genus

Rhynchospora

Loc

Rhynchospora holoschoenoides (Rich.) Herter, Revista Sudamer. Bot.

Silva, Caio Lima Braga da, Nunes, Clebiana de Sá, Schneider, Layla Jamylle Costa, Silva, Juliene de Fátima Maciel da, Alves, Karina de Nazaré Lima, Conde, Maíra Luciana Guimarães, Fernandes-Junior, Aluisio José & Gil, André dos Santos Bragança 2021
2021
Loc

Rhynchospora holoschoenoides (Rich.)

Herter 1953: 157
1953
Loc

Schoenus holoschoenoides Rich., Actes Soc. Hist. Nat. Paris

Rich. 1792: 106
1792
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