Serdia maxima, Fortes & Grazia, 2005

Fortes, Nora Denise Fortes de & Grazia, Jocélia, 2005, Revisão e análise cladística de Serdia Stål (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini), Revista Brasileira de Entomologia 49 (3), pp. 294-339 : 328-330

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/s0085-56262005000300002

publication LSID

lsid:zoobank.org:pub:8C5329B1-0191-48E9-A298-1622F95087EB

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.5677197

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/060F8787-7801-1561-2A34-F99C84E69D55

treatment provided by

Carolina

scientific name

Serdia maxima
status

sp. nov.

Serdia maxima , sp. nov.

( Figs. 13 View Figs , 30 View Figs , 46 View Figs , 61 View Figs , 77 View Figs , 91 View Figs , 101 View Figs )

Serdia (Serdia) apicicornis ; Becker, 1967: 93, fig. 9.

Etimologia. Nome alusivo ao tamanho dos ângulos umerais.

Macho. Medidas (n=5). Comprimentototal 14,0 (14,8-13,3) 0,6; larguraabdominal 6,8 (6,9-6,7) 0,1; comprimentodacabeça 2,2 (2,4-2,0) 0,1; larguradacabeça 2,7 (2,9-2,5) 0,1; comprimento dos artículos antenais I 0,7 (0,7-0,6) 0,04; II 0,5 (0,5-0,4) 0,04; III 1,8 (1,9-1,7) 0,1; IV 1,6 (1,7-1,5) 0,1; V 1,7 (2,0-1,5) 0,4; comprimentodopronoto 2,9 (3,0-2,9) 0,1; largura anteriordo pronoto 2,7 (2,9-2,5) 0,1; largura posterior do pronoto 7,5 (7,6- 7,4) 0,1; comprimento doescutelo 5,2 (5,4-5,0) 0,1; largura do escutelo 4,1 (4,5-3,9) 0,2.

Descrição. Forma ovalada, ângulosumerais amplamente desenvolvidos, obliquamente dirigidos para frente, conexivo largamente exposto e com manchas negras nas suturas dos segmentos. Coloração castanho-clara a castanho-escura com pontuações castanho-escuras, moderadamente densas, podendo ser mais densas ventralmente. Cabeça com margem anteocular sinuosa, ápice estreito, jugas justapostas apicalmente, terço apical das jugas e clípeo sutilmente deprimidos dorso-ventralmente e num plano levemente mais baixo que o restante. Superfície com pontuações castanhas, mais densas e uniformes sobre as jugas e mais esparsas sobre o clípeo; base da cabeça e a superfície ao redor dos olhos destituídas de pontuação. Ocelos circundados na margem interna por uma pequena mancha castanho-escura. Primeiro artículo antenal com pontuações negras irregulares, não ultrapassando o ápice da cabeça, 2 o artículo decoloração negra assimcomoo 3 o, 4 o eabasedo 5 o, restantedeste amarelado. Rostro ultrapassando o ápice da carena metasternal (fig 101). Pronoto quase três vezes a largura ao nível dos úmeros que longo medianamente, ângulos umerais fortemente desenvolvidos em projeçõesdirigidas ântero-lateralmente, com ápice arredondado, decomprimento maiorque adistância entre os olhos. Margens ântero-laterais fortemente côncavas e crenuladas. Superfície com uma faixa negrano terço mediano dos ângulos umeraisque se prolonga longitudinalmente sobre o terço basal do pronoto ou restrita ao ápice dos ângulos sob formade umapequena mancha; pontuações castanho-escuras, menores ao longo das margens laterais e posterior e ao redor das cicatrizes, maiores no restante e mais concentradas na metade basal. Cabeça emetade anterior do pronotofortemente decliventes em relação ao restante do corpo. Cicatrizes concolores. Escutelocom margem apical emarginada, recurva e com 1+1 pequenas manchas negras nos bordos laterais. Pontuações castanho-claras, maiores e mais densas no terço mediano e nas laterais do terço basal mediano, terço apical e disco do terço mediano menores e mais esparsas. Hemiélitro com pontuações em série formando duas linhas externas à veia radial intercaladas por uma linha subcalosa destituída de pontuação, todas quase atingindo a sutura da membrana. Pontuações moderadamente densas, menores no exocório e maiores no restante do cório. Célula discal ausente. Superfície torácica ventral de coloração castanho-clara a amarelada, pontuações castanho-claras a castanho-escuras, moderadamente densas, de tamanho variável e irregularmente distribuídas, sendo que alguns exemplares apresentam uma estreita banda de pontuações mais escuras extendendo-se longitudinalmente de cada lado e contíguas com o abdome. Propleura com uma pequena mancha no ápice dos ângulos umerais contígua com o lado dorsal. Segmentos do conexivo expostos, com superfície moderadamente pontuada, pontuações castanho-claras uniformemente distribuídas, ângulos póstero-laterais, com manchas escuras nos ângulos laterais internos e externos, no 7 o segmento as manchas localizam-se no ângulo anterior externo e em toda a margem posterior do segmento. Superfície ventral do abdome de coloração castanho-escura a amarelada, moderadamente pontuada, pontuações castanho-escuras. Machos com 1+1 manchas negras medianas de formato subquadrangular no 7 o segmento. Espinho do 3 o segmento abdominal extendido anteriormente, obtuso. Pernas de coloração castanhoamareladas, pontuações castanho-escuras, moderadamente densase grosseiras nos fêmures e tíbias, tarsosavermelhados.

sc

Genitália. Pigóforo de contorno globóide, ventralmente com pontuações castanho-escuras de tamanho e distribuição variáveis. Ângulospóstero-lateraisem “U” aberto, enegrecidos apicalmente. Parede da taça genital com 1+1 abas negras internas dispostas lateralmente ao 10 o segmento. Bordodorsal subquadrangular ( Fig. 13 View Figs ). Bordo ventral em forma de “V” aberto, medianamente o folheto inferior apresenta estrias negras ventralmente maiores que em S.apicicornis ( Fig. 30 View Figs ). Décimo segmento quadrangular situado perpendicularmente ao plano sagital, marginado por uma faixa larga negra exceto na base ( Fig. 13 View Figs ). Parâmeros pequenos situados perpendicularmente ao plano sagital, de formato subquadrangular, com uma projeção basal em ângulo reto e um pequeno tufo de pêlos na margem externa, ápice com projeção digitiforme e voltada posteriormente ( Fig. 46 View Figs ). Phallus . Vésica em tubo cilíndrico curto, cerca de 1/3 do comprimento da phallotheca. Processo da vésica lembrando um chapéu bávaro com um par de expansões laminares posteriores menos volumosas, deprimidos lateralmente, e um par de expansões laminares anteriores mais volumosas, também deprimidas lateralmente e envolvendo os 2/3 basais do ductus seminis distalis. Gonoporo secundário em calha ( Fig. 61 View Figs ).

Fêmea semelhante ao macho exceto nas manchas negras ventrais medianas do 7 o segmento abdominal que estão ausentes. Medidas (n=13). Comprimentototal 15,1 (15,6-14,7) 0,2; larguraabdominal 7,8 (8,0-7,3) 0,1; comprimentodacabeça 2,2 (2,3-2,1) 0,05; larguradacabeça 2,7 (2,8-2,6) 0,05; comprimento dos artículos antenais I 0,7 (0,8-0,6) 0,06; II 0,5 (0,6-0,4) 0,07; III 1,7 (1,9-1,4) 0,2; IV 1,6 (1,7-1,4) 0,1; V 1,7 (1,8- 1,5) 0,1; comprimentodopronoto 3,3 (3,3-3,1) 0,06; largura anterior do pronoto 3,1 (3,1-3,0) 0,04; larguraposterior do pronoto 8,1 (8,5-7,9) 0,1; comprimento do escutelo 5,5 (5,7-5,3) 0,09; largura do escutelo 4,3 (4,7-4,2) 0,09.

Genitália. Superfície das placas genitais moderadamente pontuada. Sétimo segmento com margem posterior côncava sobre os gonocoxitos 8. Laterotergitos 8 triangulares, quase o dobro docomprimento dos laterotergitos 9, bordos posteriores ponteagudos. Laterotergitos 9 subtriangulares, ápice arredondado e ultrapassando nitidamente a banda que une dorsalmente os laterotergitos 8. Gonocoxitos 8 subtriangulares de comprimento longitudinal subigual aos laterotergitos 9, entumescidos com margem posterior arredondada e com uma estreita faixa negra que secontinua nos bordos suturais; estes paralelosem todaa sua extensão ( Fig. 77 View Figs ). Gonocoxitos 9 com margem anterior pouco nítida, margem posterior convexa. Décimo segmento quadrangular. Gonapófise 9 com espessamento da íntima vaginal parcialmente esclerotizado em anel incompleto. Chitinellipsen situadas lateralmente ao espessamento da íntima vaginal. Comprimento do ductus receptaculi na região anterior a área vesicular com cerca da metade do comprimento do ductus receptaculi na região posterior. Cristas anulares anterior e posterior convergentes, pars intermedialis ovalada. Capsula seminalis globóide, com três dentes recurvos surgindo da porção médio-basal e ultrapassando a crista anular anterior em 1/3 do seu comprimento ( Fig. 91 View Figs ).

Distribuição. Brasil: Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Paraguai: Ciudad de Leste; Argentina: Misiones.

Holótipo macho. BRASIL. Santa Catarina: Imbituba, II-1994, L.A. Campos ( UFRG) . Parátipos. BRASIL. Espirito Santo: Santa Teresa, fêmea, 13-I-1970, C.T. & C. Elias leg. ( DZUP) ; São Paulo: Piracicaba , macho, 13-X-1965 ; São Paulo, fêmea, 27-XII-1916, Leg. Costa Lima ( MNRJ) ; Paraná: Rolândia , macho, s/ data, coll. MRCN no 3555 ( MCNZ) ; Guaíra, fêmea, 14-XII-1965, V. Grat.-L. Azevedo ( DZUP) ; Jaguariaiva, macho, 24-29-XII-1970, F. Giacomel leg., ( DZUP) ; Foz do Iguaçu , noite-lamp. merc., 5 fêmeas, 17-XII-1966, D. Zoo. U.F.P. leg, ( DZUP) ; Salto Osório, fêmea, 23-I-1974, J.Gr.-Vieira leg. ( MCNZ) ; Santa Catarina: Imbituba, fêmea, II-1994, L.A. Campos ( UFRG) Nova Teutônia, 27 o 11’B 52 o 23’L, 300-500m, fêmea, XII-1970, Fritz Plaumann ( DARC) ; Rio Grandedo Sul: Torres, macho, 15-XI-1974, coll. MRCN no 8716, A. Lise leg. ( MCNZ) ; Torres, fêmea, coll. MRCN no 8717, A. Lise leg. ( MCNZ) ; Osório, Capão Alto , fêmea, 13-II-1965, L. Buckup leg., ( MCNZ) ; macho, s/ dados, no 507 ( ZMHB) ; São Martinho , fêmea, 14-II-1979, Ferreira-M. ( UFRG) ; PARAGUAI: Ciudad de Leste: macho, 19-XII-1971, Thomas F. Halsted coll. ( DARC) ; ARGENTINA: Misiones: Puerto Iguazu, macho, 30-XII-1991, s/col., Thomas F. Halsted coll. ( DARC) .

Comentários. S. maxima sp. nov. é ogrupo-irmão de S. apicicornis (ver comentários da espécie anterior). Porém separa-se desta, morfologicamente, nos machos, pela presença de processos medianos do bordo dorsal do pigóforo e parâmeros subcilíndricos; nas fêmeas, pelos gonocoxitos 8 com os bordos suturais tocando-se em apenas 2/3 de sua extensão, terço apical suavemente digitiforme. Asérie examinada por Becker (1967) como S. apicicornis continha representantes das duas espécies. Ailustração da genitália masculina fornecida por Becker (1967: 93, Fig.9 View Figs ) trata-se, efetivamente, da de S. maxima sp. nov.

UFRG

Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia

DZUP

Brazil, Parana, Curitiba, Universidade Federal do Parana, Museu de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure

MNRJ

Brazil, Rio de Janeiro, Sao Cristovao, Universidade do Rio Janeiro, Museu Nacional

MCNZ

Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul

ZMHB

Germany, Berlin, Museum fuer Naturkunde der Humboldt-Universitaet

UFRG

Instituto de Biologia

DZUP

Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure

MNRJ

Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro

MCNZ

Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Hemiptera

Family

Pentatomidae

Genus

Serdia

Loc

Serdia maxima

Fortes, Nora Denise Fortes de & Grazia, Jocélia 2005
2005
Loc

Serdia (Serdia) apicicornis

Becker, M. 1967: 93
1967
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