Antonae brasiliensis, Sakakibara, Albino M. & Lencioni-Neto, Frederico, 2009
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492009001600001 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/12471D45-CC2B-FFF2-80A6-E80DFDC4C042 |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Antonae brasiliensis |
status |
sp. nov. |
Antonae brasiliensis sp. nov.
Figs. 1-8 View FIGURAS 1‑12
Diagnose: Pronoto, em vista lateral, com o dorso distintamente sinuoso, apresentando duas gibosidades: uma logo depois dos processos supra-umerais e outra na base do processo posterior. Processos supra-umerais cônicos, dirigidos para os lados e levemente para trás, em vista frontal, com o terço final praticamente na horizontal. Coloração geral castanho-amarelada e com uma mancha preta na gibosidade basal do processo posterior; macho de coloração mais escura, com predominância de preto dos processos supra-umerais à gibosidade basal do processo posterior. Tégminas ambarinas.
Medidas (em mm): Fêmea/macho. Comprimento total 8,20/7,60; comprimento do pronoto 6,20/6,00; comprimento do processo supra-umeral 1,00/0,92; distância entre os ápices dos processos supra-umerais 3,52/3,20; largura da cabeça 2,40/2,32; comprimento da cabeça 1,40/1,40.
Holótipo, fêmea (figs. 4-6): Coloração geral castanhoamarelada; cabeça amarelada com o ápice do pósclípeo negro. Metopídio e lateralmente, abaixo dos processos supra-umerais, com pequenas manchas irregulares esbranquiçadas; processo posterior com uma mancha negra ocupando mais da metade do nódulo basal; ápices dos processos supra-umerais e do processo posterior, negros. Tórax enegrecido. Tégminas amarelo-ambarinas; venação castanho-escura, enegrecida na base. Pernas amareladas; fêmures enegrecidos na base e perto do ápice; tíbias com anel basal e ápice, negros. Abdômen escuro, com margens dos segmentos claras.
Cabeça triangular, aproximadamente tão larga quanto longa. Vértice bem esculpido, de superfície lisa e brilhante, coberta com pilosidade esparsa e eriçada; margem superior arqueada no meio; lóbulos supra-antenais obsoletos, com margens arredondadas. Olhos globóides, quase pedunculados. Ocelos conspícuos situados logo abaixo da linha transocular, mais próximos entre si do que dos olhos. Pós-clípeo ovóide, duas vezes mais longo que largo, projetado para baixo além dos lóbulos supra-antenais, em aproximadamente 2/3 do seu comprimento. Rostro com ápice atingindo as coxas posteriores.
Pronoto com pontuação rasa, porém, bem visível; superfície uniformemente coberta com pilosidade esparsa e ereta; em vista dorsal, mais ou menos triangular, acuminado, com o terço distal delgado, em forma de espinho, terminando em ponta aguda na altura do meio da quinta célula apical das tégminas; em vista lateral, de contorno superior sinuoso, fortemente deprimido no meio, na base do processo posterior. Metopídio convexo, de superfície uniforme, não granulosa, e mais ou menos brilhante como o restante do pronoto. Processos supra-umerais cônicos, notadamente dilatados na base e terminados em ponta aguda; dirigidos para os lados e levemente para trás; em vista frontal, fortemente voltados para os lados no terço distal, quase horizontais; de comprimento aproximadamente igual à metade da largura da cabeça. Parte dorsal do pronoto, logo depois dos processos supraumerais, distintamente gibosa, formando uma corcova mais ou menos ovalada, pouco mais elevada que o metopídio tendo, na sua parte anterior, uma leve depressão longitudinal; processo posterior constrito na base, logo após a gibosidade anterior, e abruptamente inflado formando, também, uma gibosidade ovalada, porém, um pouco menor e em nível menos elevado; terço final em forma de espinho delgado, paralelo à borda interna das tégminas; margens laterais do pronoto fortemente impressas em forma de meia-lua.
Pernas normais; tíbias prismáticas, as anteriores e médias sem cerdas cuculadas, as posteriores com cer- das cuculadas dispostas em fileiras ao longo das três arestas; basitarsos posteriores com 5-6 cerdas cuculadas apicais.
Tégminas e asas com venação do padrão genérico.
Macho (figs. 1-3, 7-8): Semelhante à fêmea, apenas um pouco menor. Coloração geral mais escura, com predominância do preto, tanto no pronoto como no tórax e abdômen, contrastando com as áreas amareladas ou esbranquiçadas, irregulares, principalmente sobre o metopídio. Cabeça amarelada com manchas pretas junto dos olhos e no ápice do pós-clípeo. Genitália: pigóforo com placas laterais bem distintas, sem processos ou protuberâncias; placa subgenital abruptamente afilada no terço apical, curvada para cima, bipartida, com ápices levemente divergentes; parâmeros relativamente curtos e robustos, com ápice curvado em gancho; edeago moderadamente dilatado em comparação à sua base, levemente comprimido lateralmente, provido distalmente de sete projeções denticulares, curvadas para baixo, dispostas mais ou menos da seguinte forma: duas acima do gonóporo, uma no lado direito e duas no lado esquerdo, e duas abaixo, sendo estas últimas pouco mais robustas.
Holótipo, fêmea: BRASIL, São Paulo: “BRASIL-SP | Campos do Jordão | 25/II/2007 | col. F. Lencioni ”. Parátipo, macho: “BRASIL-SP | Campos do Jordão, | Paradise, 5/XII/2007 | col. F. Lencioni ” “ 22°42’26”S | 45°35’22”W | Alt. 1.796 m ”. Material-tipo depositado na Coleção de Entomologia Pe. J.S. Moure, Departamento de Zoologia , UFPR GoogleMaps , Curitiba, Paraná ( DZUP) .
Comentários: Antonae brasiliensis sp. nov. difere das outras espécies conhecidas principalmente pelos seguintes aspectos: 1) processos supra-umerais fortemente voltados para os lados, praticamente horizontais em vista frontal; 2) metopídio de superfície homogênea, sem granulações; 3) nódulo basal do processo posterior pouco inflado, ovóide, com a parte superior em nível abaixo do nódulo anterior; 4) coloração geral castanhoamarelada, com áreas enegrecidas e manchas esbranquiçadas; 5) tégminas hialinas de coloração ambarina; 6) genitália com placa subgenital triangular, abruptamente afilada distalmente, bipartida e com as pontas levemente divergentes; edeago com fortes espinhos ao redor do gonóporo. Os espinhos do edeago não têm uma disposição simétrica ao redor do gonóporo: são três do lado esquerdo e quatro do lado direito; provavelmente resultante de uma anomalia. Há necessidade de um número maior de exemplares para o estudo.
Esta é a primeira espécie do gênero descrita do Brasil.
Os exemplares estudados foram coletados sobre Croton sp. (Euphorbiaceae) ( Figs. 13-15 View FIGURAS 13‑15 ). Entretanto, não foram observadas posturas ou ninfas sobre a planta, o que deixa em dúvida se é realmente a planta hospedeira ou apenas de pouso/alimentação.
DZUP |
Universidade Federal do Parana, Colecao de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
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