Runibia Stål, 1861
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0073-47212001000200001 |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.6279380 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/416DDF1D-AB4A-560D-FE7F-92BA90310FFA |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Runibia Stål, 1861 |
status |
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Runibia Stål, 1861 View in CoL View at ENA
Runibia STÅL, 1861 View in CoL :141; 1867:528; 1872:38; LETHIERRY & SEVERIN, 1893:160; KIRKALDY, 1909:110; VANDUZEE, 1916:7; 1917:57; FROESCHNER, 1981:71; 1988:591; BRAILOVSKY, 1988:72; RIDER, 1991:585.
Espécie-tipo: Runibia perspicua (FABRICIUS, 1798) , designação subseqüente por KIRKALDY (1909).
Diagnose. Tamanho médio a grande. Forma geral do corpo ovalada, moderadamente convexa dorso-ventralmente. Coloração geral amarelo-pálida a avermelhada; superfície dorsal com manchas castanho-escuras a negras, geralmente aos pares, de extensões variáveis, na cabeça, pronoto, escutelo e hemiélitro, com exceção de R. discoidea . Búculas elevadas percorrendo pouco mais dos 2/3 anteriores da cabeça, paralelas, sub-retilíneas e evanescentes em direção à base da cabeça. Ângulos umerais não oupouco desenvolvidos. Mesosterno carenado. Metasterno plano. Peritrema ostiolar auricular, estendendo-sepelo terço interno da largura da metapleura. Terceiro urosternito mútico.
Descrição. Tamanho médio a grande (9,84-15,6). Forma geral do corpo ovalada, moderadamente convexa dorso-ventralmente. Coloração geral amarelo-pálida a avermelhada; superfície dorsal com manchas castanho-escuras a negras, geralmente aos pares, de extensões variáveis, na cabeça, pronoto, escutelo e hemiélitro, com exceção de R. discoidea . Pontuações concolores a negras com densidade, tamanho e distribuição variáveis. Cabeça levemente mais larga que longa; diante dos olhos de contorno subquadrangular, ápice subtruncado. Jugas com estrias transversais, superfície anteriormente escavada; margens externas das jugas sinuosas, elevadas. Tubérculo antenífero visível dorsalmente. Antenas castanho-escuras a negras, destituídas de pontuações. Primeiro artículo ultrapassando o ápice da cabeça. Búculas elevadas percorrendo pouco mais dos 2/3 anteriores da cabeça, paralelas, sub-retilíneas e evanescentes em direção à base da cabeça. Comprimento do rostro variável. Primeiro artículo do rostro com os 2/3 basais contidos nas búculas, ápice alcançando o prosterno. Pronoto trapezoidal. Margens póstero-laterais e posterior sub-retilíneas. Dentículos dos ângulos ântero-laterais agudos. Ângulos umerais não oupouco desenvolvidos. Cicatrizes concolores. Escutelo triangular, levemente mais longo que largo na base, ápice agudo e ultrapassando uma linha imaginária transversal na altura média do quinto segmento do conexivo. Disco do escutelo elevado. Hemiélitro com os ângulos póstero-laterais do cório agudos, quase atingindo amargem posteriordo sexto segmento do conexivo. Sutura da membrana sinuosa. Membrana ultrapassando o ápice do abdome, castanho-escura, com uma larga faixa hialina na margem externa; sete veias subparalelas, ocasionalmente bifurcadas. Tórax ventralmente com pontuações concolores a castanho-escuras, principalmente na pro, meso e metapleura. Segmentos pleurais apresentando manchas negras, de forma variável, com exceção de R. discoidea . Prosterno plano. Mesosterno carenado. Metasterno plano. Área evaporatória mesopleural em faixa transversal acompanhando a margem posterior deste segmento. Área evaporatória metapleural atingindo pouco mais da metade interna da largura da metapleura. Peritrema ostiolar auricular, estendendo-se pelo terço interno da largura da metapleura. Pernas com tíbias castanho-escuras a negras, sulcadas dorsalmente, tarso castanho-escuro. Segmentos do conexivo sem pontuações. Superfície ventral do abdome com a região longitudinal mediana elevada. Terceiro urosternito mútico. Espiráculos dotados de mancha negra circular ou concolores. Tricobótrios situados internamente àlinha imaginárialongitudinal tangente aos espiráculos, base dos tricobótrios concolor, com exceção de R. perspicua , onde a base é negra.
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Genitália do macho: pigóforo de contorno sub-retangular ou subquadrangular, moderadamente aberto dorso-posteriormente. Ângulos póstero-laterais arredondados. Bordo dorsal (bd) sinuoso, podendo ou não apresentar 1+1 pequenas abas (abd) junto à base dos parâmeros e formando pequenos processos tuberculados junto aos ângulos póstero-laterais. Escavação do bordo ventral (bv) variando nas espécies. Parede ventral do pigóforo apresentando ou não manchas de castanho-escuras a negras. Parâmeros (pa) com base cilíndrica, maiordo que a cabeça, que se volta em direção anterior. Margem interna da cabeçado parâmero com área esclerosada diferenciada; extremidade posterior ventral da base do parâmero dotada de pêlos. Décimo segmento (X) de contorno trapezoidal ou quadrangular. Placa basal (plb) do aparelho articular ampla. Conetivos dorsais (cd) e processus capitati (pc) ultrapassando o meio da phallotheca (ph). Phallotheca tubular, alongada, levemente curvada em direção dorsal. Conjunto da vésica mais conjuntiva pouco desenvolvido, com quase 1/3 do comprimento da phallotheca. Conjuntiva (cj) com 1+1 processos ventrais (pcv), que se dirigem para o lado dorsal e dois amploslóbulos membranosos, que envolvem quase totalmente a vésica (v) e o ductus seminis distalis (dsd). Vésica dorsalmente em aba semi-membranosa não visível em todas as espécies.
Genitália da fêmea: maior comprimento dos gonocoxitos 8 (gc8) inferior ao comprimento dos laterotergitos 9 (la9), com uma mancha castanho-escura a negra. Bordos suturais dos gonocoxitos 8 paralelos. Laterotergitos 9 igualando ou pouco ultrapassando os laterotergitos 8 (la8), estes sem projeçõese dotados de espiráculosna base. Gonocoxito 9 (gc9) trapezoidal, amplo, ângulos ântero-laterais prolongando-se em braços, que ultrapassam o limite anterior dos laterotergitos 9. Espessamento da íntima vaginal (eiv) com projeção ventral cônica, onde se abre o orificium receptaculi (or). Chitinellipsen (ch) presentes, variando a forma nas espécies. Comprimento do ductus receptaculi (dr) anterior à área vesicular maior que a porção posterior à área vesicular. Cristas anulares anterior (caa) e posterior (cap) convergentes. Capsula seminalis (cs) destituída de dentes.
Distribuição. Ogênero Runibia é exclusivamente neotropical (fig.1), com duas espécies do Caribe ( R. caribeana sp.nov. e R. dallasi Rider, 1998 ) e as demais com distribuição na América do Sul, desde a Venezuela até Uruguai. R. decorata apresenta a distribuição mais ampla, com registro para os componentes noroeste (exceto América Central) e sudoeste da Região Neotropical; R. discoidea e R. euopta só têm registros no noroeste e R. perspicua apenas no sudoeste ( AMORIM & PIRES, 1996). Oregistro de R. dallasi para os Estados Unidos ( VAN DUZEE, 1916, 1917) deve-se certamente à introdução desta espécie associada a plantas de interesse paisagístico, transportadas da Jamaica e, talvez, de outras ilhas do Caribe, àquele país. No Brasil, R. perspicua foi registrada em plantas ornamentais.
Comentários. Ogênero Runibia caracteriza-se pela falta de espinho no terceiro urosternito, que correspondeà seção 1 de ROLSTON & MCDONALD (1984) e por apresentar peritrema ostiolar curto, auricular, estendendo-se pelo terço interno da metapleura. Outros caracteres na estrutura da genitália de ambos os sexos auxiliam no diagnóstico deste gênero. Runibia foi incluído por RIDER (1991) num grupo de nove gêneros que apresenta coloração aposemática, separando-o em chave. São eles: Murgantia Stål , Brachystethus Laporte , Pharypia Stål , Vulsirea Spinola , Roferta Rolston , Boea Walker , Arocera Spinola , Rhyssocephala Rider , além de Runibia . RIDER (1991) não incluiu o gênero Epipedus Spinola neste grupo, oqual também apresenta coloração aposemática. No item da chave em que este autor separou Runibea (sic) de Boea , além do número de artículos antenais distinto, ou seja, 5 e 4 respectivamente, errou ao afirmar que as margens ântero-laterais do pronoto não são emarginadas (not reflexed). Runibia distingue-se facilmente dos demais gêneros deste grupo pela morfologia da genitália de ambos os sexos. Faz-se necessário um estudo cladístico deste grupo de gêneros para esclarecer as relações de parentesco e definir se ele constitui ou não um grupo monofilético.
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
Runibia Stål, 1861
Zwetsch, Adriana & Grazia, Jocélia 2001 |
Runibia STÅL, 1861
Runibia STÅL, 1861 :141; 1867:528; 1872:38 |
LETHIERRY & SEVERIN, 1893:160 |
KIRKALDY, 1909:110 |
VANDUZEE, 1916:7 ; 1917:57 |
FROESCHNER, 1981:71 ; 1988:591 |
BRAILOVSKY, 1988:72 |
RIDER, 1991:585 |