Pentatomidae, Leach, 1815
publication ID |
https://doi.org/ 10.5281/zenodo.3903611 |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.10499209 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/656987AB-FFE2-9A65-087A-FE0CFEBF42A2 |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Pentatomidae |
status |
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Pentatomidae View in CoL View at ENA .
Amaior parte dos aspectos de biologia de Pentatomidae são conhecidos de estudos com espécies relacionadas a agroecossistemas, sendo estas características generalizadas para toda a família. Pouco ainda se conhece e se discute sobre a grande maioria das relações desses organismos em ambientes menos alterados pelo ser humano. Como regra geral para os heterópteros, os percevejos-do-mato são típicos sugadores, sendo o hábito fitófago considerado a condição ancestral para a família ( Schuh & Slater, 1995; Schaefer, 2003). As espécies fitófagas são geralmente registradas se alimentando em diversas partes de suas hospedeiras, mas utilizam principalmente as partes reprodutivas ( Schuh & Slater, 1995; Schaefer, 2003). As espécies da subfamília Asopinae são predadoras de outros insetos e pequenos organismos, geralmente indivíduos lentos e de corpo mole, i.e. larvas de Lepidoptera , Diptera e Hymenoptera ( Schuh & Slater, 1995; De Clercq, 2004). Tanto para fitófagos como para predadores, a polifagia parece ser a regra, havendo registros de espécies com hábitos alimentares mais restritos: entre os fitófagos, algumas espécies parecem apresentar preferência por determinados grupos ou tipos de plantas ( Panizzi, 1997; 2000); entre os predadores, parte das espécies parecem estar associadas a presas em determinados tipos de habitats ( De Clercq, 2004). Yonke (1991) sugere que, em termos nutricionais, a utilização de determinado hospedeiro (ou parte deste) pode ser mais crítico para o desenvolvimento dos ínstares iniciais, enquanto os ínstares finais e os adultos podem ser menos exigentes (ou mais “generalistas”). Ociclo de vida de pentatomídeos mais relatado na literatura corresponde ao das espécies fitófagas ( Miller, 1971; Schuh & Slater, 1995; Panizzi, 1997; McPherson & Mc Pherson, 2000; Panizzi et al., 2000; Schaefer, 2003; Panizzi, 2004) e em parte pode ser generalizado para as espécies predadoras. Os adultos emergem e começam a se alimentar e se reproduzir em diferentes hospedeiras, sendo atraídos geralmente por plantas com botões florais, sementes e frutos em desenvolvimento. Assim que o pico reprodutivo da planta-hospedeira cessa, os adultos dispersam em busca de melhores sítios de alimentação. Comportamento de cópula e pré-cópula são registrados para várias espécies, com os machos iniciando o antenamento e dependendo da disponibilidade da fêmea para a cópula. Oprocesso de cópula pode durar de poucas horas a mais de um dia; pode ocorrer alimentação ou deslocamento do casal durante o processo; neste último caso, a fêmea arrasta o macho. Os ovos, sempre em conjuntos, podem ser ovipositados em diferentes partes das planta-hospedeiras ou em estruturas localizadas próximas delas; o número de ovos por postura pode variar entre espécies, entre indivíduos ou mesmo entre diferentes posturas de uma mesma fêmea, mas existem vários registros de um número constante de ovos em algumas espécies (geralmente 14). Após a eclosão dos ovos, as ninfas de primeiro instar permanecem agrupadas em torno da postura, aparentemente para adquirir simbiontes da mãe, e não se alimentam. Durante o segundo e terceiro ínstares, são gregárias e se alimentam em geral nas partes reprodutivas de seus hospedeiros; no quarto e quinto ínstares, o comportamento gregário diminui com o desenvolvimento e as ninfas dispersam em busca de outros locais para se alimentar. Otempo de incubação dos ovos, do desenvolvimento das ninfas, o período pré-reprodutivo e a longevidade são bastante variáveis, algumas espécies apresentando um ciclo de vida mais lento que outras; estudos demonstram influência do alimento e condições abióticas sobre a expressão dessas características. Podem ocorrer de uma a sete gerações por ano, com maior número de gerações registrado em latitudes mais baixas. Diapausa é comum nas altas latitudes e em ambientes com uma sazonalidade bem marcada, ocorrendo durante o estágio adulto. Tendência de “enxameamento” é registrada para algumas espécies. Parasitóides de ovos (Hymenoptera) e de adultos ( Diptera , Tachinidae ) são os principais inimigos naturais.
Devido aos hábitos predadores, os asopíneos apresentam certas particularidades em relação aos aspectos biológicos ( De Clercq, 2000; 2004): não se desenvolvem se não tiverem acesso a nutrientes de origem animal, obrigatória já a partir do segundo instar. Ninfas e adultos são observados sugando líquidos das plantas e água, que parecem suprir necessidades básicas desses indivíduos durante períodos de escassez de presas. Ninfas iniciais (segundo e terceiro ínstares) tendem a atacar e se alimentar juntas, enquanto ninfas dos últimos ínstares e adultos tendem a atacar sozinhas; na falta de alimento, ninfas e adultos se tornam canibalistas. Um dos aspectos biológicos interessante entre os pentatomídeos é registrado para algumas espécies da tribo Discocephalini (Discocephalinae) , cujas fêmeas apresentam proteção da prole ( Eberhard, 1975); este tipo de comportamento pode ser a regra dentro da tribo. Estudos sobre os aspectos biológicos de espécies de Pentatomidae registradas na Argentina incluem Rizzo (1968, 1976), Panizzi & Herzog (1984), Rizzo & Saini (1987),
Albuquerque (1990), Trujillo (1991), Panizzi & Rossi (1991), Panizzi & Slansky (1991), Vecchio & Grazia (1992 b), Panizzi & Machado-Neto (1992), Silva (1992), La Porta & Avalos (1993),
Pinto & Panizzi (1994), Saini (1994), Avalos & La Porta (1996), Botton et al. (1996), Oliveira & Panizzi (2003).
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
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