Geonoma gamiova Barb.Rodr. Contr. Jard. Bot.
publication ID |
https://doi.org/ 10.21826/2446-8231201873202 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/79616F50-BB68-1C62-FCE7-FAB3E50E2048 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Geonoma gamiova Barb.Rodr. Contr. Jard. Bot. |
status |
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6.2 Geonoma gamiova Barb.Rodr. Contr. Jard. Bot. View in CoL Rio de Janeiro 6: t. 37. 1907. Suppl. Sert. Palm. Brasil.
Tipo: Ilustração designada como lectótipo: BRASIL: SANTA CATARINA, Blumenau, Anon. sn. (not known). Geonoma meriodionalis Lorenzi , Brazil. Fl. Arec.: 240. 2010 .
( Figs. 9 View Figs C-G, 11)
Estipes múltiplos ou solitário, profundamente anelado, 0,8-6 m alt., 2-3,5 cm diâm., anéis espaçados por 1,3-8,0 cm, quando a planta é cespitosa produz poucos estipes. Folhas pinadas, 3-22 contemporâneas; bainha 13-38 × 5,3-9,0 cm; pecíolo 24-56 × 0,3-0,9 cm; raque 40-67 cm compr., 3-17 pinas de cada lado, pode apresentar número diferente de pinas em cada lado, largura 1-14 cm, 0,5-3,9 cm de distância entre elas. Inflorescências interfoliares, podendo tornar-se infrafoliar no período de maturação dos frutos, ramificadas em nível de segunda ordem, envolvidas por duas brácteas papiráceas, frisadas externamente, ambas caducas após a antese; profilo 12-27 × 1,7-3,8 cm; bráctea peduncular 14-19 × 1,1-3,9 cm; pedúnculo 11-32 × 0,8-1,7 cm; raque da inflorescência 6-20 × 0,4- 0,7 cm, 5-32 ráquilas, as basais geralmente ramificadas; ráquilas 10-48 × 0,3-0,7 cm. Alvéolos florais dispostos espiraladamente ao redor das ráquilas. Flores, estaminadas com 4,5 mm compr.; pistiladas com 3,2 mm compr. na mesma inflorescência. Frutos ovoides com 1,1-1,7 × 0,3- 1, 4 cm, pretos quando maduro; endocarpo, superfície lisa, 0,5-1,2 cm diâm., marrom-avermelhado, uma semente, endosperma homogêneo. Eófilo bífido.
Nomes populares: gamiova, guaricanga-de-folha-larga, palheira-de-folha-larga, ouricana-de-folha-larga, aricanade-folha-larga, uricana-de-folha-larga.
Material examinado: BRASIL, SANTA CATARINA, Garuva, Monte Crista , 15.XI.2005, F. C. S. Vieira 1390 ( JOI) ; Governador Celso Ramos, Jordão, 18.X.1971; Grão Pará, Barra do Rio Meio , 14.IV.2010, M. Verdi et al. 4423 ( FURB) ; Guaramirim , 10.XI.2008, L. Sevegnani s/ nº ( JOI 8341 ) ; Itapoá, Reserva Volta Velha , 30.VII.1992, V. Citadini-Zanette et al. 1484 ( CRI) , 19.XII.2015, G. A. Elias et al. 3 ( CRI) ; Luís Alves, Braço Joaquim , 7.I.1955, R. Reitz & R. M. Klein 2358 ( HBR) ; Meleiro , 1.II.1944, R. Reitz 446 ( HBR) ; Orleans, Rio Novo , 15.X.1992, V. Citadini-Zanette & R. Santos 1463 ( CRI) , Parque Estadual da Serra Furada , 11.IV.2015, G. A. Elias 7 ( CRI) ; São Bento do Sul, APA Rio Vermelho , 14.X2010, S. Dreveck & M. Verdi 2518 ( FURB) ; Siderópolis, Jordão , 9.X.2007, M. R. Pasetto, s/nº ( CRI 7583 ) ; Turvo , 26.III.2008, J. G. Cemin s/nº ( CRI 7888 ) .
Material adicional examinado: BRASIL, RIO GRANDE DO SUL, Riozinho, próximo ao Pico da Canastra , 28.VIII.2012, K. Soares & H. Büneker 34 (HDCF 6272) .
Espécie seletiva esciófita e mesófita, ocorre desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, na Floresta Atlântica. Em Santa Catarina apresenta ampla distribuição em densas populações, desde o norte do Estado, passando pelo Vale do Itajaí, em direção ao sul. Esta espécie não possui preferências especiais por tipos específicos de solo, ocorrendo desde 20 até 800 m de altitude ( Reitz 1974, Soares et al. 2014).
As folhas de G. gamiova possuem utilizações na cobertura de casas rústicas, potencialidade no uso de trançados como cestos, balaios, peneiras, entre outros. Podem ser também utilizadas na ornamentação de ambientes internos e compor arranjos florais. E, após desidratadas, podem ser tingidas e utilizadas para decoração ( Reitz 1974), além de ser considerada uma das plantas nativas do futuro para uso fibroso ( Müller 2011).
Lorenzi et al. (2010) descreveu Geonoma meridionalis Lorenzi , afirmando a inexistência de uma obra princeps com a descrição de Geonoma gamiova Barb.Rodr. , reiterando que o binômio seria um nomen nudum. Em contrapartida, Henderson (2011) desconsiderou totalmente G. gamiova e todas as espécies que não possuíam tipo em herbários, colocando assim G. meridionalis como sinônimo de G. pohliana Mart. Já o portal eletrônico “ The Plant List ” colocou G. gamiova como sinônimo de G. elegans , fato curioso, já que apresentam distintas características, especialmente quanto ao tipo de inflorescência, uma vez que em G. elegans ela é espiciforme, e em G. gamiova , paniculada. No presente trabalho considera-se o binômio G. gamiova como válido até que mais trabalhos sejam realizados, uma vez que, na ausência do material tipo em herbário, a ilustração pode ser considerada o tipo ( McNeill et al. 2012), presente no protótipo, Tab. XXXVII ( Barbosa Rodrigues 1907 , Soares et al. 2014).Além disso, os autores deste artigo encontraram diferenças na distribuição dos alvéolos florais das ráquilas entre as coletas de G. gamiova e G. pohliana , sendo mais condensadas e uniformemente distribuídas em G. pohliana .
A espécie G. pohliana tem sido erroneamente citada para o estado de Santa Catarina ( Leitman et al. 2015), provavelmente devido à sinonimização de G. gamiova proposta por Henderson (2011). O limite austral de distribuição de G. pohliana é no estado do Rio de Janeiro, ocorrendo, também, em Alagoas, Bahia, Ceará, Espirito Santo e Pernambuco segundo Henderson et al. (1995), entretanto, Lorenzi et al. (2010) cita sua ocorrência apenas para os estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa indefinição, quanto à ocorrência, indica a necessidade de uma revisão acerca da distribuição geográfica da espécie.
JOI |
Universidade da Região de Joinville |
FURB |
Universidade Regional de Blumenau |
CRI |
Universidade do Extremo Sul Catarinense, Bairro Universitário |
HBR |
Universidade Federal de Santa Catarina |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
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