Echinocoryne stricta (Gardner) H. Rob., Proc. Biol. Soc. Wash.

Lorencini, Tiago Silva, Okano, Rita Maria de Carvalho, Gonçalves, Ana Paula Santos & Nakajima, Jimi Naoki, 2017, Estudos taxonômicos do gênero Echinocoryne H. Rob. (Asteraceae, Vernonieae) no Brasil, Iheringia, Série Botânica 72 (1), pp. 16-32 : 28

publication ID

https://doi.org/ 10.21826/2446-8231201772103

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.10671636

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/E23FAA2B-FFE9-B677-FF4A-FD1239135918

treatment provided by

Felipe

scientific name

Echinocoryne stricta (Gardner) H. Rob., Proc. Biol. Soc. Wash.
status

 

Echinocoryne stricta (Gardner) H. Rob., Proc. Biol. Soc. Wash. View in CoL 100(3): 588. 1987.

Vernonia stricta Gardner, London J. Bot 5: 219. 1846.

Cacalia stricta (Gardner) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 971. 1891.

( Figs. 5 View Figs A-K)

Subarbusto 0,3-1,6 m alt. Caule cilíndrico, ramificado, seríceo ou tomentoso. Folha subcoriácea, linear-lanceolada, lanceolada, estreitamente elíptica ou elíptica, 7-61 x 2,3- 13 mm, ápice agudo, margem inteira ou esparsamente aculeada, moderadamente revoluta, base cuneada, face abaxial grisea, densamente serícea ou vilosa, face adaxial verde escuro, moderado ou densamente griseo-serícea, camptódroma. Capitulescência congesta; brácteas foliáceas linear-lanceoladas, lanceoladas ou elípticas, 1,9-10,6 x 0,7- 2,5 mm. Capítulos 30-315, 8-13 x 6-11 mm; pedúnculo 0,9- 12 mm compr., griseo, densamente seríceo ou tomentoso; invólucro com 90-134 brácteas involucrais, em 5-6-séries, internas linear-lanceoladas ou lanceoladas, 5,5-7,5 x 0,8- 1,2 mm, externas lanceoladas, 1-2 x 0,3-0,4 mm, ápice acuminado, levemente vináceo ou marrom claro, margem laciniada, base amarelo-esverdeada pálida, dorsalmente glabrescente ou griseo-serícea. Flores 10-26 por capítulo; corola 4,5-8 mm compr., lacínios 1-2,5 mm compr; anteras 2-2,5 mm compr.; ramos do estilete 1-1,5 mm compr. Cipsela 0,8-1,8 mm compr., densamente serícea. Papus com série externa 0,4-1 mm compr., série interna 3-5 mm compr.

Distribuição geográfica: Goiás, Minas Gerais e Tocantins ( Rivera 2006, Soares & Dematteis 2012). No presente estudo, E stricta teve sua área de ocorrência ampliada, sendo citada também para os estados da Bahia e São Paulo. E. stricta juntamente com E. holosericea são as espécies mais amplamente distribuídas. E stricta ocorre no domínio do Cerrado, nas seguintes fitofisionomias: campo rupestre, campo sujo e cerrado stricto sensu. Coletada com flores e frutos entre março a setembro.

Comentários: Echinocoryne stricta é semelhante à E. schwenkiifolia quanto ao número de séries de brácteas involucrais (5 a 6), ao grau de adensamento da capitulescência (congesta), e a coloração amarelo-esverdeada, pálida do invólucro. Entretanto, diferencia-se desta por possuir folhas linear-lanceoladas, lanceoladas, estreitamente elípticas ou elípticas, pilosidade serícea ou vilosa em sua face abaxial e o elevado número de capítulos (30 a 315) por planta, acompanhada pela redução do número de flores por capítulo (10 a 26). E. schwenkiifolia possui folhas ovadas ou oblanceoladas, pilosidade velutina ou tomentosa em sua face abaxial, 10 a 100 capítulos por planta e de 17 a 50 flores por capítulo.

Neste estudo, o número de flores observado por capítulo de E. stricta foi de 10 a 26. Embora o número de flores por capítulo citado por Gardner (1846), Baker (1873) e Robinson (1987) tenha sido, ligeiramente, inferior (18 a 20, 10 a 20 e 15 a 21, respectivamente), entretanto o número de flores por capítulo se manteve, relativamente, baixo.

Gardner (1846), ao descrever Vernonia stricta , mencionou como material tipo apenas um único exemplar coletado por ele (Gardner, G., 4795). De acordo com Stafleu & Cowan (1976), os materiais botânicos coletados por Gardner no Brasil estão depositados no Herbário BM. Como se trata de uma única coleta, muito provavelmente, o holótipo de E. stricta está depositado no Herbário BM. Duplicatas deste material encontram-se depositadas nos herbários GH, K, NY, P, R e US (JStor Plant Science 2012) .

Material examinado: BRASIL, BAHIA, ca. 5 km do Rio Roda Velha, 150 km de Barreiras, 15-IV-1966, Irwin, H.S. et al. s/ no (SP-103193); São Desidério, área próxima à Roda Velha, após a entrada da Fazenda Pernambuco, 24-IV-1998, Mendonça, R.C. et al. 3435 (RB); GOIÁS, Caldas Novas, Serra de Caldas, 09-VII-1976, Hatschbach, G. 38766 (MBM); Cristalina, Serra dos Topásios, 13-VI-2004, Bringel Júnior, J.B.A. et al. 158 (CEN); Luziânia, BR-040, próximo a uma granja entre Cristalina e Luziânia, 10-VI-2002, Fonseca, M.L. et al. 3437 (UB); Morrinhos, 25-VII-1970, Rizzo 5370 (RB); MINAS GERAIS, ca. 500 km de Brasília para Belo Horizonte, 19-VI-1964, Pires, J.M. 57989 (UB); Serra de Catiara, 18-VIII-1950, Duarte, A.P. 2801 (RB); Serra do Cipó, 03-III-1958, Heringer, E.P. & Castellanos 5933 (RB); 05-VIII-1956, Heringer, E.P. 5314 (RB); Near Formigas, VI-1840, Gardner, G. 4795 (holótipo BM; isótipos GH, K, NY, P, R, US); Bocaiúva, Rodovia Bocaiúva/Diamantina, descida do Rio Jequitinhonha, 23-VII-1998, Hatschbach, G. et al. 68104 (BHCB); Hatschbach, G. et al. 68116 (MBM); Buenópolis, Curimataí, arredores, 19-V-2001, Hatschbach, G. et al. 72232 (BHCB, HUFU); entre a Rod. BR-135 e Curimataí, 09-VI-2004, Hatschbach, G. et al. 77627 (ESA); Delfinópolis, base da Serra Preta, Serra da Goela, 23-V-1996, Nakajima, J.N. & Romero, R. 1754 (UB); estrada para a Babilônia, 24-V-1996, Romero, R. & Nakajima, J.N. 3436 (UB); trilha Escada de Pedra, 15-V-2003, Romero, R. et al. 6849 (HUFU, VIC); Diamantina, Brade 13571 (RB); Estrela do Indaiá, Baú, 09-IX-1944, Teodoro, S. 242 (R); Formoso, Parque Nacional do Grande Sertão Veredas, próximo à Fazenda Barbatimão, 31-VII-1989, Pereira Neto, M. et al. 450 (RB, UB); João Pinheiro, estrada João Pinheiro/Brasilândia de Minas, MG181, 47 Km do trevo da BR 040, 13-VII-2005, Forzza, R.C. et al. 4016 (HUFU, RB); três Marias, 19-VI-1964, Pires, J.M. 58011 (UB); Pires, J.M. 58017 (UB); Paraopeba, Pau Lavrado, 13- VIII-1965, Heringer, E.P. 4005 (UB); Patrocínio, Fazendas DATERRA, 17-VIII-1999, Farah, F.T. et al. 1030 (ESA, HUFU); Perdizes, Estação Ambiental Galheiro, 01-VII-2003, Mendes, S. & Araújo, G.M. 937 (UB); 27-VI-2002, Amorim, E.H. et al. 109 (HUFU, UB); 27-VI-2002, Mendes, S. et al. 78 (ESA); Sacramento, 16 Km da divisa MG/SP, 7 Km do Ribeirão Canabrava em direção à Araxá, 06-VII-1996, Souza, V.C. et al. 12069 (ESA, UB, VIC); Santana do Riacho, ao longo da rodovia Belo Horizonte/Conceição do Mato Dentro, estrada para Santana do Riacho, próximo de Melo , 07-VI-1980, Menezes, N.L. s/ no (VIC-38077); São Roque de Minas, Guarita de Sacramento, PARNA Serra da Canastra, 14-VII-1995, Nakajima, J.N. et al. 1168 (HUFU, VIC); Uberlândia, Clube Caça e Pesca Itororó, 01-IX-1995, Lenza, E.O. & Barbosa, A.A.A. 51 (HUFU, VIC); 10-V-1996, Lenza, E.O. & Barbosa, A.A.A. 428 (HUFU, VIC); Estação Ecológica do Panga, 14-V-2010, Franca, R.O. 47 (HUFU, VIC); Reserva do Clube Caça e Pesca Itororó, 07-VIII-2007, Loeuille, B. et al. 307 (HUFU); SÃO PAULO, Altinópolis, Morro do Forno, 03-IX-1993, Marcondes-Ferreira, W. et al. 672 (HUFU); Mogi Guaçu, Fazenda Campininha, 5,1 Km NW de Pádua Sales, 23-IX-1960, Mattos, J.R. & Mattos, N.F. 8361 (SP); 22-VI-1977, Kirizawa, M. 114 (SP); martinho prado, Reserva Biológica da Fazenda Campininha, 24-VI-1980, Mantovani, W. 815 (SP, VIC); 06-VIII-1980, Mantovani, W. 912 (SP, VIC); reserva florestal, Fazenda Campininha, perto de Pádua Sales, perto da torre, 02-IX-1965, Mattos, J.R. 12495 (SP); Pedregulho, Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, próximo à sede, 20-VI-2003, Sasaki, D. et al. 572 (HUFU); Santa Rita do Passa Quatro, ARIE Cerrado Pé-de-Gigante, 04-IX-1995, Batalha, M.A. 717 (SP).

GBIF Dataset (for parent article) Darwin Core Archive (for parent article) View in SIBiLS Plain XML RDF